Folia do tamanho de São Paulo


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A atriz Alessandra Negrini, madrinha do bloco de Acadêmicos do Baixo Augusta, durante desfile em 2018
AGORA

São Paulo já esquenta os tamborins para ser palco do maior Carnaval de rua de sua história. A capital, que já foi apelidada de "túmulo do samba", pela primeira vez terá desfiles em todas as suas 32 subprefeituras.

A folia também será gigantesca no quesito número de blocos. A previsão é de que haverá um aumento de 70% em relação às 490 agremiações do ano passado. Até mesmo o famoso Galo da Madrugada, de Recife, estará na cidade.

Com tanta animação, São Paulo poderá ser o principal destino turístico do país durante a festa --à frente, inclusive, de Rio de Janeiro e Salvador. Com mais dinheiro circulando, hotéis, bares e restaurantes devem ampliar seus lucros.

A expansão do Carnaval de rua é um fenômeno em muitas cidades. No Rio, por exemplo, os blocos começaram a voltar às ruas a partir da primeira década deste século. O retorno do que seria um tipo mais autêntico da festa ganhou elogios da população e de especialistas. 

Com o tempo, porém, a outra face do crescimento da folia mostrou-se problemática: falta de banheiros públicos, aumento de furtos, confusões no trânsito, áreas protegidas ocupadas por blocos não autorizados e excesso de barulho.

A Prefeitura de São Paulo afirma que reestruturou todo o planejamento do evento para reduzir os transtornos. Ao longo de 37 reuniões, os trajetos dos blocos passaram pelo crivo de órgãos como CET, SPTrans (empresa responsável pelos ônibus), polícia e GCM (Guarda Civil Metropolitana). Medidas em outras áreas também foram anunciadas.

Cabe agora às autoridades fazer com que essa reorganização saia do papel e garanta à cidade e aos paulistanos um padrão razoável de funcionamento.

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