FHC continua sendo a voz mais ouvida entre os tucanos
Os ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e Lula
Em entrevista ao colunista Tales Faria do portal UOL, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comentou o resultado, para as eleições de 2022
e de 2020, da provável liberação de Lula da prisão, após a decisão do STF desta quinta-feira, 7.
Fernando Henrique disse ser improvável que Lula volte para a cadeia.
"O STF deixou a liberação dos condenados nas mãos das instâncias inferiores: em tese, cadeia só com
trânsito julgado; salvo se os julgadores explicitarem o contrário. Haverá pedidos de liberação. Acho difícil,
no caso do Lula, uma decisão pela continuidade da prisão", afirmou.
Mas o ex-presidente tucano faz uma ressalva importante, do ponto de vista legal:
"Lula, contudo, continua tendo 'ficha suja'. Em tese não poderia se candidatar. Poderá agir politicamente e
tem competência para tal."
"O jogo dependerá dos demais candidatos, do que disserem e representarem",
respondeu.
Questionado de como o PSDB deverá agir, o ex-presidente propõe em insistir numa grande aliança pelo centro. Ou seja, uma opção
contra o conservadorismo de Bolsonaro, contra o ultraliberalismo do ministro da Economia, Paulo Guedes, e
contra o esquerdismo do PT.
"Mais do que nunca se torna necessário uma aliança em torno de alguém que represente o que chamo de
um centro liberal, democrático e progressista. Que respeite as forças do mercado, mas entenda que as
pessoas existem. Que tenha lado e não acredite que a pobreza e a miséria desaparecem quando o
mercado vai para as alturas", professa.
Sobre se haverá tal aliança, FHC responde:
"Não sei. Política não é um recurso 'natural'. Depende também da criatividade e do empenho dos
humanos..."
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