Fogo no parquinho: Carlos Bolsonaro e Major Olimpio trocam insultos nas redes sociais


Episódio é novo capítulo na disputa entre aliados de Bolsonaro e de Luciano Bivar pelo controle do PSL

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Eduardo Gayer - O Estado de S.Paulo

Um dia após participantes da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) destacarem a necessidade de unir a direita como forma de pavimentar a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022 e reduzir desavenças internas, apoiadores do presidente voltaram ontem a discutir entre si nas redes sociais. O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, trocou farpas com o senador Major Olímpio, líder do PSL no Senado.

A discussão online começou quando Carlos classificou o senador como um “bobo da corte” que “diz absurdos”. “Conhecemos o ex-presidente do PSL/SP. No hospital, após a facada, o tal @majorolimpio chorou em frente a meu pai, que me determinou foco primordial na eleição do tal. Assim o fiz e, hoje, este senhor diz absurdos sobre o trabalho que exerço de forma esgotante. És um bobo da corte!”, escreveu.

O post acompanha o link de entrevista dada por Olímpio no sábado, durante os festejos do dia da Padroeira do Brasil, em Aparecida (SP), sobre a crise interna do PSL. Nela, o senador diz que “filhos com manias de príncipes desgastam Bolsonaro”.

O senador já havia atribuído aos filhos do presidente o desgaste enfrentado por ele dentro do PSL. Na semana passada, Bolsonaro externou a crise ao pedir a um militante que “esquecesse o PSL” e dizer que o presidente nacional da sigla, o deputado federal Luciano Bivar (PE), estava “queimado para caramba”. 

Olímpio rebateu Carlos: “Vá ser vereador no Rio de Janeiro que sua ausência ajudará muito o Brasil”, escreveu ele também em sua conta no Twitter. “Não vou permitir molecagem comigo e assistir calado os ‘príncipes’ prejudicando o governo do pai”, acrescentou, classificando as postagens de Carlos como “baixaria”.

O episódio expôs o racha entre dois grupos no PSL. Sem conseguir ter o controle do partido, aliados de Bolsonaro pedem mais transparência e exigem ter acesso à prestação de contas dos últimos cinco anos da sigla, para submeter o material a uma auditoria externa. Já Bivar quer uma “conferência” nos gastos da campanha do presidente. Em jogo estão cerca de R$ 400 milhões a que a sigla tem direito entre fundos partidário e eleitoral.

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