Covas falou durante abertura do seminário Oportunidades no Mercado de Combustíveis do Brasil

Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, durante a abertura do seminário Oportunidades no Mercado de Combustíveis do Brasil
Foto:Reinaldo Canato/Folhapress
Leonardo Neiva - Folha.com
O prefeito Bruno Covas (PSDB), anunciou na terça-feira (16) o início dos trabalhos para a criação de um plano de ação climática para a cidade de São Paulo, fruto de um compromisso firmado pelo município no início do ano, de desenvolver até o final de 2020 um planejamento para contribuir com as metas do Acordo de Paris.
“Vamos começar a desenvolver as bases desse plano hoje em uma reunião na prefeitura. Ele deve ficar pronto em julho do ano que vem”, declarou o prefeito durante o seminário Oportunidades no Mercado de Combustíveis do Brasil, realizado pela Folha com patrocínio da Plural (que representa as distribuidoras de combustíveis).
O prefeito afirmou que a frota de ônibus da cidade, hoje com 14.256 veículos, já opera com diesel menos poluente do que o comercializado em postos de gasolina e que deverá passar a funcionar totalmente em conformidade com a lei de mudanças climáticas ainda em 2019.
Covas também citou a licitação do sistema de ônibus na cidade de São Paulo, hoje em fase de renovação. Segundo ele, o edital estipula metas para reduzir a emissão de gases como óxido de nitrogênio e material particulado (partículas produzidas geralmente pela queima de combustíveis fósseis), de acordo com a legislação vigente, devendo chegar a uma diminuição de 95% em 20 anos.
A tentativa de concluir o bilionário processo de licitação do sistema de ônibus na cidade se arrasta desde 2013. Em fevereiro, a gestão Covas finalmente conseguiu abrir os envelopes da licitação, mas o processo não deve gerar renovação, uma vez que as empresas são controladas pelos mesmos grupos que já prestam serviços na capital paulista.
Durante a palestra, na abertura do evento, Covas destacou ações de gestões anteriores para a renovação de combustíveis e práticas de sustentabilidade no transporte coletivo de São Paulo, afirmando que “política pública não é corrida de 100 metros rasos, mas de revezamento”.
Entre avanços, o prefeito citou a sanção em 2018 pelo então prefeito João Doria de lei municipal que determina a obrigatoriedade de redução progressiva das emissões de dióxido de carbono (CO2) de origem fóssil em ônibus municipais. Em 10 anos, deve haver uma diminuição de 50% na emissão de CO2 pelos veículos; em 20, a emissão do poluente deve zerar.
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