Em evento em São Paulo, presidenciável tucano evita mencionar Bolsonaro e tenta se vender como o antídoto ao petismo
RUAN DE SOUSA GABRIEL - O GLOBO

A duas semanas do primeiro turno das eleições, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) procura se apresentar como único candidato capaz de vencer o PT. Na manhã deste domingo, em um ato no Parque do Ibirapuera, em São Paulo,
– Nós somos o caminho para derrotar o PT – disse. – O Brasil não vai voltar ao pesadelo do passado. Não vai voltar o PT com todos os seus escândalos, não vai voltar o salto no escuro que prega a divisão.
Alckmin chegou ao Ibirapuera pouco depois do meio-dia, em uma carreata acompanhado de João Doria, candidato ao governo de São Paulo, e Ricardo Tripoli, ao Senado. No trio elétrico, juntou-se também a sua esposa, Dona Lu, ao prefeito paulistano, Bruno Covas, e ao Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD). Diferentemente de Covas, Doria e Tripoli, Kassab não falou.
Alckmin fez um discurso rápido e repleto de elogios a São Paulo e ao povo paulista. Tentou também fazer piada:
– Peço desculpas aos carecas pelo sol inclemente. O nosso único consolo é que é dos carecas que elas gostam mais.
Alckmin só mencionou Bolsonaro quando desceu do palco e falou com jornalistas, mas manteve o PT como alvo preferencial de seus ataques.
– A volta do PT seria um desastre para o Brasil. O PT está fazendo voltar uma coisa odiosa, que já estava superada no Brasil e não vai ganhar a eleição. Muita gente está votando no Bolsonaro porque acha que ele vai derrotar o PT – disse. – Bolsonaro no segundo turno é tudo o que o PT quer. Nós vamos trabalhar para impedir isso.
Alckmin afirmou que a democracia brasileira não corre risco e que, apesar do discurso liberal na economia, o mercado não deve confiar em Bolsonaro.
– O histórico de Bolsonaro é contra o interesse nacional e favor do corporativismo – disparou.
Ela ainda prometeu trazer mais bancos para o Brasil, desregulamentar a economia, incentivar a oferta de crédito e o empreendedorismo dos brasileiros. Mas garantiu que governará para os mais pobres.
– O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não vai ser para os campeões nacionais, mas para fomentar a economia através dos pequenos e médios empreendedores – disse. – Eu não vou ser pau mandado de banqueiro. O meu senhor é povo. Eu vou trabalhar para os mais pobres.
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