Alckmin se diz horrorizado com declarações de vice de Bolsonaro sobre mães e avós


O candidato do PSDB à Presidência da República diz que ficou 'horrorizado' com declaração do General Mourão de que ambientes com apenas 'mãe e avó' seriam uma 'fábrica de elementos desajustados'.

Bárbara Muniz Vieira - G1

O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, durante campanha no Brás, em São Paulo 
Foto: Bárbara Muniz Vieira/G1

O candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a falar nesta terça-feira (18) sobre a criação de um imposto único para incentivar o empreendedorismo e a geração de empregos.

Alckmin fez campanha durante a manhã em um centro de comércio popular no Brás, no Centro de São Paulo. Ele cumprimentou comerciantes e andou pelas ruas do bairro na companhia de apoiadores.

O candidato disse que, se eleito, dará atenção ao que chamou de "maiores preocupações dos brasileiros" atualmente: emprego e renda.

"Brasileiro é trabalhador, brasileira é empreendedora, precisa é o governo apoiar. Crédito, microcrédito, simplificação tributária, desburocratização, destravar a economia, e melhorar a logística para a economia florescer, ter mais emprego e renda para a população", disse durante a caminhada.

Alckmin vai propor, se eleito, a simplificação tributária, a redução do impacto dos tributos para as empresas e baratear os juros.


"Avós heroínas"

Alckmin criticou a declaração do vice do candidato Jair Bolsonaro (PSL), General Mourão, de que ambientes com apenas "mãe e avó" seriam uma "fábrica de elementos desajustados."

"Nós não vamos atacar ninguém, nós vamos mostrar os riscos que o Brasil está correndo. Aliás, quero destacar aqui que fiquei horrorizado com a declaração do general Mourão, que é o vice do Bolsonaro, que disse que as crianças que são criadas pelas mãe e pelas avós são desvirtuadas, que elas acabam sendo coopotadas pelo tráfico de drogas. Isso é um ofensa, as mães que criam seus filhos com dificuldade, com sacrifício, às vezes criam 2, 3 filhos sozinhas, as avós, essas heroínas criando as crianças. Na esquina do escritório que eu trabalho uma senhora com uma banquinha de jornal criou os 3 filhos sozinha e os filhos são exemplos", afirmou Geraldo Alckmin.


'Debandada' de partidos da coligação

Perguntado sobre a "debandada" dos partidos de sua coligação para outros partidos, Alckmin negou preocupação e disse que não haverá "nenhuma" mudança de estratégia na reta final da campanha.

"Não tem a menor procedência", respondeu ele, que vai se reunir ainda nesta terça à tarde com dirigentes partidários. "Eu me reúno toda segunda ou terça-feira com o ACM Neto. Ele vem a São Paulo e nos reunimos, é rotina", garantiu.


Emprego e renda

Alckmin disse que, se eleito, dará atenção ao que chamou de "maiores preocupações dos brasileiros" atualmente: emprego e renda.

"Brasileiro é trabalhador, brasileira é empreendedora, precisa é o governo apoiar. Crédito, microcrédito, simplificação tributária, desburocratização, destravar a economia, e melhorar a logística para a economia florescer, ter mais emprego e renda para a população", disse durante a caminhada.

Alckmin vai propor, se eleito, a simplificação tributária, a redução do impacto dos tributos para as empresas e baratear os juros.


4 propostas

Geraldo voltou a falar sobre a criação de um imposto único para incentivar o empreendedorismo e a geração de empregos. O candidato do PSDB citou quatro propostas para conseguir gerar emprego, renda e investimentos.

"Primeiro a simplificação tributária, substituir cinco impostos por um só. Depois, a redução do imposto das empresas, corporativo, substituindo por tributação de dividendos pra gente ter mais investimentos e poder ter mais empregos", enumerou o candidato.

Em seguida, Alckmin citou a oferta de crédito no país. "Reduzir o custo do dinheiro. Mais banco, mais disputa, mais regulação, tornar os juros mais baratos no Basil", disse ele.

"Desburocratizar, simplificar a questão dos negócios, ter um ambiente de negócios melhor", completou. "São medidas importantes: reduzir impostos, simplificação tributária e reduzir jurtos com mais competição", afirmou.

Geraldo Alckmin também falou sobre a abertura de bancos estrangeiros no Brasil.

"Hoje para entrar um banco estrangeiros precisa de ter autorização do presidente da República, nós vamos acabar com isso, nós queremos mais bancos, mais disputa, para ter juros mais barato e outras formas de crédito", disse.


Reformas

Durante entrevista, Alckmin disse ainda defender 4 reformas: tributária, política, de estado e da previdência.

"A primeira é a tributária, substituino 5 impostos por apenas 1 só, que é o Imposto de Valor Agregado (IVA), reduzindo o imposto corporativo para substituir por tributação de dividendos, que é pra ter mais investimento no Brasil", afirmou.

A segunda reforma, para Alckmin, seria a reforma política. "Para ter menos partidos políticos, menos gastos, menos ministérios, menos cargos de confiança, apertar o cinto do governo para não apertar o cinto do povo", disse.

Depois o candidato citou a reforma de estado e da previdência. "São 146 empresas estatais, muitas delas dando prejuízo. E a reforma da previdência com o objetivo primeiro de regime geral de previdência social, que já fiz em SP. Não é justo o trabalhador do comércio, da indústria e do agricultura ter aposentadoria de em média de R$ 1.400 e no setor público ter aposentadoria de R$ 37 mil. Então nós defendemos um regime geral de aposentadoria para todos", afirmou.

Geraldo Alckmin posa com eleitores no Brás 
Foto: Bárbara Muniz Vieira/G1

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