Janelas se fecham


Alckmin dedicará as próximas semanas a uma agenda intensa, enquanto assiste à gradual saída de cena de eventuais concorrentes

Vera Magalhães - O Estado de S.Paulo

Alckmin entrega obras e vê rivais desistirem
Foto: Rafael Arbex/Estadão

A exatamente um mês do prazo final para deixar o governo de São Paulo para se candidatar à Presidência, Geraldo Alckmin dedicará as próximas semanas a uma agenda intensa, que mescla a entrega de obras no front doméstico com a montagem de palanques que deem sustentação a seu projeto eleitoral.

O leque de inaugurações inclui estações (atrasadas) de metrô e as obras restantes do pacote hídrico lançado em 2013, na crise de abastecimento que atingiu o Estado. A ideia é robustecer o portfólio com que o tucano quer se apresentar para o resto do País quando deixar o cargo – e fornecer as manjadas imagens para o horário eleitoral, claro.

A costura que fará como presidente do PSDB tem como fio condutor a determinação de juntar tantos partidos quantos forem possíveis à sua aliança. Para isso, os acordos regionais ganham peso extra às vésperas do prazo final de definições de candidaturas.

Enquanto cumpre esse plano, Alckmin assiste à gradual saída de cena de eventuais concorrentes. Depois de Luciano Huck, agora é Henrique Meirelles o eliminado da vez do Big Brother Presidencial.

Gilberto Kassab fez questão de lhe mandar o bilhete azul em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Pelo PSD, o sonho presidencial do titular da Fazenda não se concretizará. Resta a ele se conformar ou tentar abrigo em outras legendas. Quanto mais se aproxima o fechamento da chamada janela partidária, menores são essas escotilhas.

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