Principal adversário do prefeito na disputa, Márcio França (PSB) calcula já ter 18 minutos de tempo de TV no horário eleitoral gratuito
Caio Sartori - O Estado de S.Paulo

O prefeito João Doria comemora o resultado das prévias do PSDB para decidir o candidato do partido ao governo
Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
Após vencer as prévias tucanas no domingo e se firmar como pré-candidato do PSDB ao governo do Estado, o prefeito João Doria vai concentrar os esforços nos próximos dias para definir os partidos que vão estar ao seu lado na disputa. O tucano fechou acordo com o PSD e tenta atrair o DEM e o MDB para contrapor ao seu principal adversário na disputa: o vice-governador e pré-candidato do PSB, Márcio França. O vice do governador Geraldo Alckmin já costurou alianças com cerca de 10 partidos e prevê ter 18 minutos do tempo de televisão no horário eleitoral gratuito.
Doria, que deixa a Prefeitura no dia 6 de abril para se dedicar à campanha, vê no DEM e no MDB a chance de superar França nesse quesito. Os dois partidos têm bancadas que, somadas, contabilizam 92 deputados. No entanto, segundo o presidente emedebista, Baleia Rossi, o partido vai de candidatura própria com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. “Qualquer ruído em outra direção não passa de especulação, sem nenhum respaldo da direção partidária”, disse ao site BR18. França tem dito a interlocutores que duvida da formação de uma chapa com PSDB, MDB e DEM.
Depois da vitória neste domingo, Doria garantiu que, “com a legitimidade das prévias”, as conversas com outros partidos avançariam a partir desta segunda-feira. “Vamos buscar os partidos que ainda não definiram posição. Em primeiro lugar, prestigiar aqueles que já iniciaram conversas conosco e que estão com boa disposição de avançar nessas conversas.” Além do PSD e do DEM, Dória busca o PP e o PRB de Celso Russomanno, segundo a Coluna do Estadão desta segunda-feira.
Márcio França, por sua vez, caminha ao lado de PR, PSC, Pros e Solidariedade. Além deles, o vice de Geraldo Alckmin busca atrair legendas fortes da centro-esquerda, como PDT e PCdoB. A articulação, que faz parte de uma tentativa do PSB de retornar às origens, isola o PT de seus aliados históricos. No momento, o partido caminha para a candidatura própria do presidente do diretório estadual petista, Luiz Marinho, e sofre para angariar apoios.
Com as campanhas de Doria e França, o governador Geraldo Alckmin teria dois palanques para alavancar a candidatura à Presidência da República - pelo menos em tese. Como pré-candidato tucano na disputa pelo Planalto, Alckmin terá de ‘trair’ Márcio França. Doria, além de pertencer ao mesmo partido, é pupilo político do governador.
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