"O voo rasante dos tucanos em Brasília", por José Antônio Severo


Blog Edgar Lisboa

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Sérgio Kobayashi e o governador Geraldo Alckmin

Geraldo Alckmin quer um palanque tucano em Brasília ainda este ano. Para isto o diretório regional do PSDB está trazendo um dos mais categorizados organizadores de campanha do partido, o paulista Sérgio Kobayashi, que foi coordenador de campanha do próprio Alckmin para governo de São Paulo e na presidencial de 2008, e também um dos chefes das campanhas municipais, regionais e nacionais de Mário Covas e José Serra.

Em Brasília, o presidente do diretório regional, o deputado federal Izalci Lucas está instalando o sistema de Kobayashi, chamado “Ativismo Digital”, que já funciona nos governos tucanos do Paraná e Mato Grosso do Sul.

Os governadores Beto Richa, do Paraná, e Reinaldo Azambuja, de Mato Grosso do Sul, testaram o sistema de ativismo digital tanto na eleição de 2014 como, depois, na sustentação de seus governos nas redes sociais. O PSDB pretende expandir o sistema para outros estados e para a eleição presidencial.

Na semana passada o diretório regional do DF realizou quatro reuniões com grupos de 40 pré-candidatos a deputados distritais e federais do PSDB e partidos aliados. Os aspirantes a candidatos serão a base de impulsão para difusão do projeto na militância e darão capilaridade pelas redes sociais.

Os candidatos e suas equipes de militantes serão treinados pela equipe de Kobayashi para o uso das novas ferramentas. Segundo revelou nas reuniões com os grupos de pré-candidatos, Kobayashi pretende ter cerca de 3.000 ativistas operando até maio do ano que vem, por todo o Distrito Federal.

Nesta primeira fase, em que a campanha eleitoral propriamente dita é proibida pela legislação eleitoral, esses grupos de ativistas vão se concentrar na organização e revitalização do PSDB regional, focando na visão partidária dos problemas do DF. Quando chegar a campanha estará com todo o território brasiliense coberto pelo sistema.

Essa decisão do comando nacional do PSDB de ter candidatura própria no DF será oficializada na próxima semana, quando Geraldo Alckmin vier a Brasília para a convenção nacional do partido, marcada para 9 de dezembro, vai homologar seu nome como presidente do PSDB.

Com isto fica afastada a hipótese de coligação do PSDB com o PSB para apoiar a candidatura à reeleição do governador Rodrigo Rollemberg.

Segundo transpirou, o antigo ex-vice-presidente em exercício do partido, senador Tasso Jereissati, chegou a examinar a hipótese de um entendimento entre o governador e o PSDB do DF. Entretanto, a iniciativa não prosperou. No diálogo, Rollemberg ouviu dos tucanos: “só há uma coisa certa para 2018: não estaremos juntos”, foi o que narrou Izalci a seus correligionários nessas reuniões preparatórias.


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