Em reunião, PSDB reforça unidade e define calendário de convenções


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A reunião do presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e do secretário-geral da legenda, deputado federal Silvio Torres (SP), com os presidentes dos diretórios estaduais do PSDB, realizada nesta quinta-feira (24), foi marcada pela unidade partidária e por importantes definições no calendário de convenções municipais, estaduais e nacional. Segundo Tasso Jereissati, o processo de renovação da sigla também inclui a definição de um novo programa e estatuto.

“Foi uma reunião com todos os dirigentes partidários estaduais, regionais, na qual nós definimos um calendário de eventos até o fim do ano que vai culminar em dezembro, com uma convenção nacional que elegerá uma nova Executiva e, também, com um congresso que vai definir o novo programa do partido e um novo estatuto. Essas duas questões serão discutidas ao longo dos próximos três, quatro meses”, explicou o senador.

O presidente interino também destacou a variedade de ideias dentro da legenda, o que não impede a unidade partidária ou a convergência em torno de importantes temas como o apoio às reformas política, trabalhista, previdenciária e tributária.

“O partido tem divergências, o partido vai continuar tendo divergências, graças a Deus. Tem divergências porque nós não somos um partido de pensamento único. Partido de pensamento único é o Partido Comunista. Nós somos um partido exposto à variedade de ideias, de opiniões, e essa discussão é que leva a uma convergência de um ideal em comum do partido”, afirmou Tasso.

O processo de autocrítica, no entanto, continua. “Quando a gente fala em novo programa, fala em novo estatuto, envolve uma autocrítica. É absolutamente necessária a autocrítica, não só para o nosso partido, e eu diria, até mais, para todos os outros partidos políticos e para toda a política brasileira”, constatou o tucano.


Responsabilidade com o Brasil

Também participou do encontro o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O presidente licenciado da legenda ressaltou a responsabilidade que o PSDB tem com o Brasil na condução da agenda de reformas apresentada ao governo federal.

“O que vamos fazer é nos empenhar para liderar a agenda de reformas que está em andamento no Congresso Nacional e apresentada pelo próprio PSDB, a reforma previdenciária, a reforma tributária e, agora, com uma urgência enorme a reforma política”, disse.

Entre os pontos de convergência do partido na reforma política, Aécio destacou a decisão de apoiar integralmente a proposta que estabelece a cláusula de desempenho de 1,5% a partir das eleições no ano que vem, acrescida de 0,5% a cada novo pleito nacional. Além disso, o PSDB defende a antecipação do fim das coligações proporcionais já para 2018, a transição para um sistema eleitoral distrital misto até 2022, e a volta da discussão do financiamento privado em limites mais estreitos do que o atual.

“Vamos apoiar a proposta apresentada pelo senador [Ronaldo] Caiado (DEM-GO), inclusive sob inspiração do ex-deputado João Almeida (BA), que é o secretário-executivo do PSDB, que estabelece que o fundo eleitoral será alimentado por recursos da compensação que os meios de comunicação recebem em razão do tempo disponibilizado para os programas partidários”, apontou. A proposta, no Senado, tem relatoria do tucano Ataídes de Oliveira (TO).

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