Bruno Fávero - Folha.com
Foto: Eduardo Saraiva/ A2IMG
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O governador Geraldo Alckmin disse nesta quarta-feira (11) que atuará como parceiro do futuro governo de Michel Temer "para aprovar as reformas de que o país precisa".
Para o tucano, o mais urgente no momento é estimular a economia e fazer mudanças na Previdência e no sistema político-partidário.
"O foco agora tem que ser o social, tem que ser gerar empregos. Nos últimos dois anos, e principalmente nos últimos meses, a economia brasileira derreteu. Já são mais de 12 milhões de desempregados", afirmou. "Outra coisa são as reformas necessárias que não podem mais ser objeto de disputa ideológica [...]. Não dá, por exemplo, para ter 35 partidos no país e 25 partidos na Câmara".
O tucano fez o diagnóstico durante a formatura de policiais militares no Anhembi, na zona norte de São Paulo. Durante o evento, Alckmin também elogiou, em tom de despedida, a gestão do Secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, que deve assumir o Ministério da Justiça e Direitos Humanos no governo Temer.
Apesar disso, nem o governador nem o secretário confirmaram a nomeação.
"Primeiro, é preciso completar o processo no Senado, depois o presidente Temer assumir. E, então, ele vai escolher a sua equipe", disse Alckmin.
"Já vai ser uma sorte se o dia amanhecer, porque nunca sabemos o que está por vir", disse Moraes quando perguntado sobre se já esperava assumir a pasta na próxima segunda-feira (16).
O secretário ainda rebateu as críticas da professora da USP, Heloisa Buarque de Almeida, que, em reportagem da Folha nesta terça (10), disse que a provável nomeação de Moraes era "assustadora".
"Não foi uma crítica representativa da comunidade acadêmica, mas de uma pessoa que não me conhece. Se conhecesse, talvez tivesse outra opinião", afirmou o secretário.
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