Governador de SP se reuniu com Aécio Neves no Palácio dos Bandeirantes.
Mais cedo, senador se encontrou com FHC para apresentar plano do PSDB.
Roney Domingos - G1

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que o PSDB não vai proibir ninguém do partido de aceitar um convite para cargo no governo federal caso o vice-presidente Michel Temer assuma a presidência. O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também reforçaram que a participação do PSDB em um eventual governo Temer depende do atual vice-presidente.
"O partido não vai proibir ninguém que queira aceitar se for convidado. Nós vivemos no modelo presidencialista, mas o partido não vai pleitear cargos não vai pleitear espaços, e não vai fazer indicações. Isso é o que eu defendo e não mudei de opinião. Acho que esse é o caminho", disse Alckmin em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, em companhia do senador Aécio Neves.
Aécio foi apresentar a Alckmin detalhes do plano que deverá ser discutido na próxima terça-feira e levado como sugestão ao vice-presidente Michel Temer. Antes, Aécio se reuniu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para falar sobre o plano.
"Esse documento é um documento a ser apresentado ao país. É a contribuição do PSDB na eventualidade da substituição da presidente da República. O PSDB não se negará a dar sua contribuição, que não depende abruptamente de nenhuma contrapartida."
"Saio daqui hoje percebendo que há uma absoluta convergência tanto em que o governador Alckmin pensa, o presidente Fernando Henrique pensa e o conjunto do partido."
Aécio disse que “o PSDB não faltará ao Brasil”. “O Brasil precisa contar conosco. Independente de cargos, nós vamos dar o nosso apoio, a nossa solidariedade ao Brasil. E se o vice-presidente Michel assumir a presidência da república, caberá a ele montar o seu governo. Quem sou eu para dizer ‘busque o fulano de tal’ se ele achar que essa figura, enfim, é extraordinária ou é essencial para o seu governo?”
O senador reiterou que o partido vai apresentar na próxima terça-feira um conjunto de ações emergenciais.
Fernando Henrique Cardoso afirmou após o encontro com Aécio que a questão do partido participar do governo depende de Temer e não do PSDB. “Ele tem que tomar as decisões dele, montar a equipe dele. Agora, o PSDB, acho eu, não deve se negar”, disse o vice-presidente. “Não será um governo do PSDB. E, ao meu ver, não deve ser governo de nenhum partido. Não pode ter a cara de um partido. Eu vou chamar de emergência nacional.”
FHC disse que, se houver o impeachment, eu acho que o novo presidente deve pensar em primeiro lugar no Brasil. "Ele como presidente é que tem que dar os passos necessários. É o presidente da república que tem que assumir perante o país a responsabilidade. Nós estamos dando uma contribuição, no sentido de dizer que ‘olha, essas são as condições mínimas que nós achamos necessárias para o Brasil sair da situação em que está", disse o ex-presidente.
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