Acompanhado dos governadores Beto Richa e Pedro Taques, Geraldo Alckmin reativa navegação na Hidrovia Tietê-Paraná
Trecho com navegação interrompida desde maio de 2014 é reaberto para a passagem de embarcações
O governador Geraldo Alckmin participou nesta quarta-feira, 27, da reativação da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná, no trecho entre o km 99,5 do reservatório de Três Irmãos e a eclusa inferior de Nova Avanhandava. A hidrovia é gerenciada pelo Departamento Hidroviário (DH), órgão vinculado à Secretaria de Logística e Transportes, e beneficia diretamente os Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná.
"Hoje ė um dia histórico, a mais importante hidrovia brasileira do ponto de vista econômico, que liga os maiores centros produtores do agronegócio. Esta reabertura ė fundamental para o nosso país, em termos de competitividade, de redução de custo e de logística", explicou o governador ao reativar a navegação na cidade de Buritama.
Esforços e ações foram empreendidos pelo Governo do Estado, por meio das secretarias de Energia e de Logística e Transportes, junto ao Operador Nacional do Sistema (ONS), para que houvesse o gerenciamento das águas dos reservatórios localizados nos rios Tietê, Grande e Paranaíba, possibilitando assim o nível de armazenamento necessário para restabelecer a navegação. A partir disso, em agosto do ano passado, foram iniciadas as operações para transferência de água dos reservatórios localizados a montante de Três Irmãos e Ilha Solteira. O cenário de chuvas registrado nas últimas semanas também contribuiu para o aumento dos níveis. Com isso, o Departamento Hidroviário reabre a hidrovia antes mesmo da previsão inicial, que era fevereiro deste ano.
A Hidrovia Tietê-Paraná ocupa importante papel no escoamento de cargas, além de ser um dos principais corredores de exportação do país. De 2006 a 2013, a quantidade de cargas cresceu de cerca de 3,9 milhões de toneladas para 6,3 milhões de toneladas. Alguns dos principais produtos transportados são: milho, soja, óleo, madeira, carvão, cana de açúcar e adubo. Com a reativação da passagem de cargas de longo percurso, a projeção de movimentação na hidrovia, em 2016, é superar o montante de 6,3 milhões de toneladas de cargas registrado em 2013. Para o ano de 2017, a expectativa é de que essa quantidade suba para 7 milhões de toneladas.
A suspensão da navegação do trecho, em Buritama, atingiu as cargas de longo percurso vindas de São Simão (GO) e Três Lagoas (MS), que compreendem soja, milho, celulose e madeira. No restante do trecho paulista da hidrovia, houve navegação de cana de açúcar e areia. No ano em que o ponto foi interrompido, em maio de 2014, foram movimentados 4,6 milhões de toneladas de cargas. Já em 2015, o movimento registrado foi de 4,5 milhões de toneladas.
Sobre a Hidrovia Tietê-Paraná
O Departamento Hidroviário executa o Programa de Modernização da Hidrovia Tietê-Paraná, que prevê investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão, conforme convênio assinado entre o Estado e o Governo Federal, em 2011. Deste montante, R$ 900 milhões são provenientes da União e R$ 600 milhões do Tesouro do Estado. O programa tem como objetivo realizar melhorias e modernização no trecho paulista da hidrovia.
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