Em almoço no Bom Prato, Skaf ouve elogios a Alckmin

Skaf almoçou no Bom Prato do Brás nesta segunda-feira 

Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

Por volta das 13h desta segunda-feira (22), com mais de uma hora de atraso, o candidato do PMDB ao governo de SP, Paulo Skaf, chegou à unidade do Brás do restaurante Bom Prato — iniciativa do Governo do Estado que oferece almoço a R$ 1,00 —, na região central da capital. Na entrada, uma pessoa que passava na rua parou e se dirigiu ao candidato. O homem fez diversos elogios ao restaurante e falou da importância do programa e finalizou com “meu voto é 45” (uma referência ao governador e candidato a reeleição Geraldo Alckmin).

Skaf ouviu os elogios ao seu adversário e, com um sorriso, disse apenas que irá melhorar o Bom Prato. Nesta segunda, o candidato almoçou no local e prometeu dobrar os investimentos no programa. Segundo ele, se eleito, o restaurante passará a oferecer jantar e refeições aos fins de semana. Além disso, o empresário elogiou o projeto.

— O Bom Prato é um bom projeto e como todos os bons projetos nós vamos aumentar. O Bom Prato hoje serve café e almoço. Nós vamos servir jantar e vamos servir aos fins de semana.

O candidato comeu arroz feijão, carne, “uma saladinha” e tomou parte do suco. A banana, que acompanhava a refeição, ele guardou para “comer depois no carro”. 

Nos últimos dias, apesar de continuar criticando a ausência do Estado em algumas regiões assim com a situação de algumas áreas do governo de São Paulo como a Segurança Pública e a Saúde, Skaf reduziu os ataques feitos diretamente a Alckmin. Nesta segunda, após elogiar o Bom Prato, o candidato disse ainda que irá manter — e ampliar — outros dois bons projetos do Estado: o Poupatempo e as AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidade). 

Lotação

O almoço do candidato no Bom Prato nesta tarde causou empurra-empurra no restaurante. Skaf entrou na fila para pegar a refeição e o local ficou lotado. Alguns dos clientes paravam para olhar o movimento e tirar fotos, enquanto outros faziam reclamações e pedidos — parte das pessoas gritaram durante a visita e houve quem protestasse contra políticos. Melhorias na saúde e na segurança e maior oferta de emprego estavam entre as reinvindicações. 

Um dos funcionários do local ajudou na organização para que a superlotação do restaurante não atrapalhasse as filas e não prejudicasse o horário de almoço da população. A coordenadora de comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Social estava no Bom Prato e reclamou do movimento. Segundo ela, não houve aviso por parte da campanha de Skaf de que essa visita ocorreria.

Questionada sobre a necessidade de uma autorização, a coordenadora declarou que isso não é obrigatório e que qualquer pessoa pode frequentar o Bom Prato, mas disse que é de praxe que em casos como esse, principalmente se tratando de um período eleitoral, que seja feito um aviso para evitar tumulto e transtornos aos clientes. 

A assessoria do candidato informou, no entanto, que entende que não havia necessidade de aviso ou pedido de autorização já que o Bom Prato é público. Além disso, ainda segundo a assessoria, Skaf fez uma visita ao local e não realizou nenhum ato de campanha no restaurante.

Fonte: Ana Ignacio - R7