Aécio defende ‘democratizar' Lei Rouanet e promete quadruplicar recursos para cultura


Norma corta impostos de empresas que investem em projetos culturais

Thais Pimentel - G1 

Aécio Neves participa de evento de campanha em Belo Horizonte 
(Foto: Thais Pimentel / G1)

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira (24) em evento com artistas mineiros em Belo Horizonte que é preciso "democratizar" a Lei Rounet, norma que permite que empresas tenham impostos abatidos após investirem em projetos culturais. O candidato também prometeu ampliar os recursos para cultura caso seja eleito. 

“Nós temos o compromisso de, em quatro anos, quadruplicar o orçamento da cultura [...]. Por outro lado, nós temos que democratizar a Lei Rouanet, simplificando os processos, que hoje têm levado a uma concentração muito grande dos recursos. Portanto, usar a Lei Rouanet para fortalecer a cultura regional, das mais variadas atividades, em todas as regiões do Brasil é um dos compromissos da nossa campanha", declarou Aécio.

O presidenciável disse, ainda, que é preciso "estimular que as empresas possam atuar de forma mais efetiva" no que diz respeito ao incentivo à cultura.

As declarações do presidenciável foram feitas no Museu Inimá de Paula, no centro de Belo Horizonte, onde foi montada exposição de vestidos e acessórios com o número do candidato - 45. Além de representantes da classe artística, participaram do evento os candidatos do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, e ao Senado, Antonio Anastasia.

Fator previdenciário
Aécio cumpriu dois compromissos de campanha na noite desta quarta em Belo Horizonte. Antes do encontro com artistas mineiros, ele esteve na sede do Sindicato dos Empregados do Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana, onde se reuniu com lideranças sindicais da capital. Lá, ele voltou a falar que sua equipe está discutindo alternativas para o fator previdenciário.

Nos últimos dias, Aécio tem afirmado que debaterá trabalhadores e aposentados propostas para substituir o fator. O fator previdenciário é um mecanismo que desestimula a aposentadoria por tempo de contribuição antes da idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens – quanto mais cedo a pessoa decidir se aposentar, menor será o valor do benefício.

“Acho que há condições de nós buscarmos uma alternativa, repito, que, ao longo do tempo não penalize os aposentados como vem penalizando o fator hoje. E, além disso, nós estamos buscando outro tipo de benefícios ou de reajustes que garantam um reajuste diferenciado, que garantam o poder aquisitivo do aposentado”, declarou.

Aposentadoria e remédios
Aécio também disse que estuda vincular o aumento da aposentadoria com a taxa de inflação que incide sobre os remédios. “Eu tenho proposto à minha equipe discutir intensamente a possibilidade de também incluirmos no reajuste a variação do preço de medicamentos, como mais uma alternativa. E vamos discutir com as centrais sindicais, com as lideranças dos aposentados alternativas. Esse é o compromisso e eu sou cumpridor de compromissos.”

O candidato ainda criticou, mais uma vez, o governo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, ao mencionar denúncias envolvendo a Petrobrás. “O Tribunal de Contas já constata que houve também superfaturamento na Refinaria de Abreu e Lima [em Pernambuco] que nós denunciávamos, mas quando denunciávamos éramos, éramos taxados de pessimistas, de oposição a esse governo. Agora é o Tribunal de Contas", disse.

Pesquisas

Em relação ás pesquisas eleitorais, Aécio disse que está em ascensão, apesar da estagnação apontada pela pesquisa Ibope, divulgada nesta terça-feira (23). “Nós recebemos hoje um tracking da nossa campanha que mostra uma aproximação muito grande da nossa candidatura pra candidatura de Marina. Nós estamos hoje, na nossa avaliação, a menos de cinco pontos de distância. Nós vamos estar no segundo turno. Esse é um sentimento de quem está na política há muito tempo e percebe em todas as regiões do Brasil”, defendeu.

Comentários