Planilha detalha R$ 8 milhões movimentados por contadora de Youssef


Deputados Luiz Argôlo e André Vargas seriam intermediários, diz revista Veja

O GLOBO

Dilma e deputado André Vargas, acusado de envolvimento com Youssef

Uma planilha elaborada com base em notas frias emitidas pela contadora Meire Poza para o grupo ligado ao doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava-Jato, relaciona 15 transações realizadas entre 2012 e 2013, no valor de R$ 8.070.516,60. Deste total, R$ 1,7 milhão seriam relacionados a operações intermediadas pelo deputado Luiz Argôlo (ex-PP, atual SDD), e R$ 2,4 milhões num único negócio intermediado pelo deputado André Vargas (ex-PT, atualmente sem partido. A planilha, divulgada pela revista Veja neste fim de semana, inclui ainda outras nove transações, num total de quase R$ 4 milhões.

De acordo com a revista, os pagamentos a Argôlo eram feitos por meio de repasses em dinheiro ou transferência para contas de assessores e parentes, como a assessora Élia Santos da Hora e o pai do deputado, Manoelito Argôlo. As cópias dos depósitos já estariam, de acordo com a revista, com o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

A contadora depôs no conselho como testemunha no processo de cassação de Argôlo. Segundo Veja, Meire afirmou que alugou por R$ 115 mil o jato usado por Vargas e que o transporte não foi um presente, mas pagamento de uma comissão ao deputado.

Veja relata ainda que foram emitidas notas frias a pedido de Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP, ministro durante o governo Collor. Leoni Ramos negou e afirmou que nunca esteve com Meire e não tem participação nas irregularidades apontadas por ela.

Meire teria atuado para o doleiro Alberto Youssef durante três anos e se colocou também à disposição da CPI da Petrobras para falar sobre o esquema e o destino do dinheiro de fornecedores de obras da estatal.


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