No Jornal Nacional, Aécio promete enxugar ministérios e fazer governo 'com previsibilidade'


Candidato do PSDB deu entrevista ao vivo no Jornal Nacional
Por 15min, tucano respondeu sobre aeroporto em MG e outras questões


O candidato Aécio Neves (PSDB) afirmou nesta segunda-feira durante entrevista ao Jornal Nacional que, se eleito, o governo terá "previsibilidade". "Ninguém espere no governo Aécio Neves um pacote A, um PAC disso, um PAC daquilo ou algum plano mirabolante", afirmou.

(Veja a íntegra da entrevista no vídeo acima ou neste link: "Aécio Neves é entrevistado no Jornal Nacional".)

O candidato foi indagado se, caso eleito, tomará medidas para acabar com a defasagem nos preços das tarifas de energia elétrica e gasolina. "É óbvio que vamos ter que viver um processo de realinhamento desses preços. Quando e como? Obviamente quando você tiver os dados sobre a realidade do governo é que você vai estabelecer isso. Eu não vou temer tomar aquilo que seja necessário – as medidas necessárias – para controlar a inflação, retomar o crescimento e principalmente a confiança perdida no Brasil", declarou.

Na entrevista, Aécio Neves reiterou que pretende "enxugar" o estado, com a redução do número de ministérios – atualmente, o governo federal tem 39 pastas. Disse também que dará continuidade ao programa Bolsa Família e afirmou que ampliará "as boas políticas".

Ele também foi indagado sobre denúncias de corrupção no PT e no PSDB e sobre o caso do aeroporto construído em área desapropriada no município de Cláudio (MG) que pertenceu a um tio-avô dele.

Aeroporto
Sobre o aeroporto, foi perguntado se não ficava constrangido de usar um aeroporto construído pelo governo do Estado para visitar uma fazenda da família.

"Eu visitei praticamente todos os aeroportos de Minas Gerais, trabalhando como governador do estado. E o fato central é esse, que a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], porque muito aparelhada hoje, nós sabemos a origem das indicações da Anac, durante três anos não conseguiu fazer o processo avançar e homologar o aeroporto", respondeu.

Segundo Aécio, se houve algum prejudicado, "foi meu tio-avô". "O estado avaliou em R$ 1 milhão. Ele [o tio-avô] pediu R$ 9 milhões [pela desapropriação] e não recebeu um centavo até hoje", disse.

Corrupção
O candidato, um crítico do caso do mensalão do PT, foi perguntado sobre a diferença entre esse escândalo e o caso do mensalão do PSDB.

"A diferença é enorme porque no caso do PT houve condenação", afirmou o presidenciável tucano, ressaltando que a maioria dos réus estão presos.

Ele disse que não prejulgou os petistas e, por isso, não iria prejulgar tucanos envolvidos em denúncias de corrupção. "O que posso garantir é que, no caso do PSDB, se alguém for condenado, não será transformado em herói nacional", afirmou, em referência a petistas que defendem filiados do partido condenados e presos.

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