No ABC, Alckmin venceria no 1º turno


Fábio Martins - Diário do Grande ABC


O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), aparece com 40,6% das intenções de votos no levantamento do DGABC Pesquisas, encomendado pelo Diário. Liderando com folga a sondagem, venceria a disputa no primeiro turno no cenário das sete cidades. O presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), figura em segundo lugar no estudo, com 14,7%, enquanto o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) está com 4,9%, na terceira posição.

Essa é a primeira pesquisa feita pelo instituto depois do registro das nove chapas na Justiça Eleitoral. Os números referem-se ao levantamento estimulado, quando são apresentados os nomes dos postulantes ao cargo. Pleiteante do PHS, Laércio Benko pontua com 1,1% e Gilberto Natalini, do PV, com 0,9%. Os candidatos Raimundo Sena (PCO) e Wagner Farias (PCB) apresentam 0,8%. Gilberto Maringoni, do Psol, consta com 0,6% e Walter Ciglioni, do PRTB, é o último da lista, com 0,2%. Votos em branco e nulos somam 18,6%; os que não sabem em quem votar, 16,8%.

Na avaliação dos votos válidos, Alckmin teria 62,9% das intenções de sufrágios, o que liquidaria a concorrência eleitoral na primeira etapa, caso o pleito fosse hoje. Isso porque o tucano precisaria perder 12,9 pontos percentuais num período de dois meses para que o processo siga para eventual próxima fase. O peemedebista Paulo Skaf chegaria a 22,7%, o petista Padilha ficaria com 7,6% e os demais postulantes completariam 6,8 pontos, número insuficiente para dar continuidade ao páreo estadual.

O governador também protagonizava o ranking no levantamento anterior, realizado em novembro. Noestudo, Alckmin tinha 34,4% das intenções de votos. Não é possível fazer comparativo dos índices atuais, uma vez que a pesquisa apresentava, na ocasião, lista sem os nove candidatos ao Estado e com o ex-prefeito da Capital Gilberto Kassab (PSD). Skaf aparecia no estudo regional com 18,9% e Padilha alcançava 4%. O pessedista, que figurava com 7,7%, oficializou candidatura ao Senado na chapa do PMDB.

Embora o índice de Kassab tenha se diluído entre os adversários, a maior fatia dos votos, de acordo com o estudo, seguiu à candidatura governista. O ex-prefeito ficou perto de fechar parceria com o governador. Na negociação, o tucano abriria o posto de vice ao pessedista, que antes de fundar o partido orbitava na raia do PSDB. Após a criação da legenda, ele se aproximou da presidente Dilma Rousseff (PT) e do número dois do Planalto, Michel Temer (PMDB). Nos último dias de janela, se aliou a Skaf.

SEGUNDO TURNO
Caso a disputa se encaminhe para o segundo turno, cenário que atualmente não está colocado, o governador teria o maior percentual de transferência de votos. No primeiro panorama, em páreo entre Alckmin e Skaf, o tucano teria 47,6% contra 23,7% do peemedebista. Na condição de enfrentamento do chefe do Palácio dos Bandeirantes e Padilha, Alckmin ganharia o páreo com 53,5% frente 14,5% do petista.

As entrevistas foram realizadas entre os dias 28 a 31 com 2.800 pessoas em todo o Grande ABC. A margem de erro é de 1,9 ponto percentual. A pesquisa está registrada sob o protocolo SP-00012/2014 no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo).

Tucano triunfa nos sete municípios do Grande ABC

Conforme a pesquisa, Geraldo Alckmin (PSDB) ganha nas sete cidades. O tucano tem o melhor desempenho em Ribeirão Pires, onde aparece com 47,3%, e São Caetano, com 46,8%. Ambas contam com histórico de conferir vitórias às campanhas majoritárias do PSDB em São Paulo. O pior nível do governador está em Santo André e Diadema. Na cidade governada pelo petista Carlos Grana, o tucano obtém 35,5% e no município que possui forte eleitorado do PT e hoje chefiado pelo verde Lauro Michels, ele conquista 40,5%.

Gerido cinco vezes pelo PT, o território andreense é justamente o que concede o maior percentual a Padilha, com 6,1%. Em Mauá, liderada por Donisete Braga (PT), e Diadema, ele registra 4,8%. Por outro lado, São Caetano, única cidade do Grande ABC que nunca foi governada pelo petismo, conferiu o menor índice ao ex-ministro: 3,3%. Já São Bernardo, de Luiz Marinho (PT), deu 4,2% ao petista, a despeito de o prefeito ser coordenador de campanhas da legenda, como a presidencial de Dilma Rousseff (PT), no âmbito estadual.

Skaf, por sua vez, possui o percentual mais satisfatório da campanha em Mauá e Diadema. Nas duas cidades, ele registra 16,5%. Municípios administrados pelo PMDB, São Caetano e Ribeirão Pires colocam o presidente licenciado da Fiesp com 14,8% e 15,3%, respectivamente. Nas mãos do tucano Gabriel Maranhão, que manifestou, recentemente, apoio ao governador, Rio Grande da Serra indica o menor número ao peemedebista, com 11%. Alckmin aparece com 46,3% na única Prefeitura comandada pelo PSDB.

Candidato do PV, Gilberto Natalini possui apenas 0,8% em Diadema. Apesar do correligionário estar à frente do Paço, o vereador paulistano e secretário de Saúde da cidade não tem adesão de Lauro. Ex-tucano, o prefeito verde anunciou suporte à candidatura de Alckmin, alegando parcerias firmadas pelo governo do Estado com o município. Apenas à corrida presidencial, ele seguiu as linhas partidárias ao declarar coro ao nome de Eduardo Jorge (PV).

Embora a região seja berço do petismo, em 2010, a maioria das cidades da região não afiançou vitória ao então candidato do PT ao governo do Estado, Aloizio Mercadante. O governador tucano venceu o hoje ministro da Casa Civil em Santo André, São Caetano, Ribeirão e Rio Grande da Serra. O PT liderou em São Bernardo, Mauá e Diadema.

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