Gestão Haddad beneficia MTST para ter votos, diz promotor


Folha.com 


O Ministério Público Estadual entrou com uma ação civil pública pedindo o fim de qualquer tipo de convênio ou parceria entre MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e Prefeitura de São Paulo.

De acordo com o promotor Mauricio Antonio Ribeiro Lopes, 5º Promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, a ação do movimento, que ocupa terrenos públicos e particulares como forma de pressionar o poder público, é "oportunista" e abre espaço para "furos" na lista habitacional da cidade.

Lopes também classificou como absurda a suposta parceria e acusou a prefeitura de fazer política de privilégios em troca de votos. "Trata-se de privilegiar o absurdo dos absurdos!!! Aceitar-se o descontrole em nome de política rasa de privilégio a grupos em troca de votos ao invés de respeitar o direito de milhares", diz um trecho da ação encaminhada à Justiça no último dia 25.

Em outro trecho, o promotor cita um acordo feito entre MTST e prefeitura que iria destinar um terreno na estrada do Campo Limpo para o grupo. O assunto foi noticiado pela Folha.

"O que pretende na verdade o Movimento? Destinação privilegiada de áreas públicas ou particulares para edificação de moradia para os seus associados ou simpatizantes [...] com burla à lista de inscritos que esperam há anos pelo almejado sonho da casa própria", diz o promotor na ação.

Segundo Lopes, a prática de suposto benefício ao sem-teto prejudica quem espera pela casa própria sem se envolver politicamente. " O que se vê do duelo entre Administração Pública e as consequências da luta política do MTST é a fragilização do direito de igualdade dos que aguardam em condições ordeira, há anos, serem chamados para obtenção de financiamento habitacional", afirmou.

O promotor pede para que não seja celebrado nenhum tipo de "contrato, convênio ou qualquer ato administrativo" entre a prefeitura e o MTST que possa prejudicar a lista habitacional de São Paulo.

Procurada, a prefeitura disse que mantém diálogo diário com diversos movimentos sociais e não que não há privilégios para o MTST. "A secretaria tem total interesse na divulgação dos inscritos na demanda habitacional da cidade e trabalha desde junho de 2013 num sistema online de monitoramento para disponibilizar e dar transparência aos nomes dos inscritos na demanda do município", informou a nota.

Guilherme Boulos, líder do MTST e colunista da Folha, não foi encontrado para comentar o assunto.

Comentários

  1. É PRECISO QUE SE VERIFIQUE ACERTADAMENTE. HADAD DISSE QUE TEM DATAS NOS DOCUMENTOS DE CADASTRO, MAS SERÁ QUE A DATA NÃO PODERIA SER COLOCADA DIRFERENTE DA QUE DEVERIA SER ?????

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