PSDB quer investigação contra Gabrielli, Graça Foster e outros executivos da Petrobras


Líder do partido na Câmara entregou à PGR representação para apuração por improbidade administrativa e fraude contra acionistas

O PSDB quer que seja aberta investigação contra José Sérgio Gabrielli e Graça Foster (ex-presidente e presidente da Petrobras), além de outros 12 executivos e ex-executivos da estatal por fraude contra acionistas minoritários e improbidade administrativa. O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), protocolou nesta quarta-feira representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) para que a apuração seja feita.

São listados no documento entregue à PGR Gabrielli, Graça Foster, os diretores e ex-diretores Almir Guilherme Barbassa, Renato De Souza Duque, José Eduardo De Barros Dutra, Guilherme De Oliveira Estrella, José Miranda Formigli Filho, Paulo Roberto Costa, José Carlos Cosenza, Ildo Luis Sauer, José Alcides Santoro Martins, Nestor Cuñat Cerveró, Jorge Luiz Zelada e José Antonio De Figueiredo. O partido afirma que esse grupo de executivos foi responsável pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

O partido aponta que Paulo Roberto Costa, preso em operação da Polícia Federal (PF), afirmou que a Petrobras decidiu construir a refinaria sem ter um projeto definido e fazendo uma “conta de padeiro”. Com custo inicial em US$ 2,5 bilhões, a refinaria deverá custar US$ 18, 5 bilhões, afirmou o PSDB.

Para Imbassahy, houve flagrante desleixo e irresponsabilidade na gestão do patrimônio público, provocando prejuízos à empresa e também aos acionistas.

“É inconcebível e irresponsável que uma obra que custará bilhões de dólares aos cofres públicos seja aprovada dessa forma, sem projeto e com seu custo calculado sem qualquer estudo. E quem vai arcar com mais esse prejuízo bilionário são os brasileiros, já que os recursos são públicos, e, em dose dupla, os acionistas minoritários da Petrobras, que investiram, muitas vezes, todo o dinheiro que tinham em ações da empresa”, afirmou o deputado, em nota.

De acordo com Imbassahy, além de infringir a Lei de Improbidade, ao causar perda de patrimônio público, a compra da refinaria também infringiria a Lei das Sociedades Anônimas.


Comentários