Não vamos acabar com direitos na área trabalhista, afirma Aécio


Pré-candidato do PSDB à Presidência participou de entrevista promovida pelo Estado e pela Agência Corpora Reputação Corporativa, onde expôs suas propostas para a economia em eventual governo

Elizabeth Lopes e Suzana Inhesta e Francisco Carlos de Assis - Agência Estado

PRÉ-CANDIDATO DO PSDB À PRESIDÊNCIA FALA SOBRE SUAS PROPOSTAS PARA A ECONOMIA A CONVITE DO "ESTADO" E DA AGÊNCIA CORPORA A EMPRESÁRIOS DE SÃO PAULO 
WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves afirmou nesta segunda-feira, 2, que, se eleito, não acabará com os direitos trabalhistas."Eu fui constituinte. Ao contrário do PT, eu assinei a constituinte trabalhista. O que tenho defendido é que a partir de demandas dos próprios sindicatos e trabalhadores, pode haver mais uma relação direta com empresários", disse o tucano durante evento com empresários promovido pelo Estado e pela Agência Corpora Reputação Corporativa.

Em abril, no entanto, o tucano chegou a defender mais de uma vez a flexibilização das leis trabalhistas para o setor do turismo. A primeira foi no começo do mês em encontro com empresários do setor. A segunda, em reunião na Associação Comercial de São Paulo. "Temos que ter coragem de debater isso. Em determinados eventos e regiões, a falta de flexibilização no turismo tem levado à informalidade", disse o senador na ocasião. 

Segundo ele, será natural e importante que haja um novo nível da relação dos sindicatos e trabalhadores e a negociação direta deve ser ampliada e estimulada. 

Inflação
Aécio disse ainda que a inflação, em sua eventual gestão, terá tolerância zero. "O centro da meta é que vamos buscar e não o teto. No primeiro ano podemos estreitar as bandas, que hoje são excessivamente largas". Segundo ele, previsibilidade e regras claras "é o que vamos fazer".

Com relação ao etanol, o tucano disse que é preciso ter metas para a matriz de combustível. "É importante para darmos segurança aos que investiram neste setor e viram isso se perder", comentou.

Ao falar do Ministério das Relações Exteriores, Aécio criticou o aparelhamento que está ocorrendo neste setor e em outros. Ele também se disse preocupado com as propostas de controle dos meios de comunicação em estudo pelo PT. "Controle dos meios de comunicação é censura. A liberdade de imprensa é o maior valor numa sociedade democrática. E me preocupo porque este controle poderá ocorrer em outras áreas."

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