Governador Alckmin nega pedido de MTST e não reintegrará demitidos do metrô


José Marques - Folha.com

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quarta-feira (25) que "não haverá reintegração de nenhum dos demitidos" durante greve do metrô. O pedido de reintegração foi colocado em pauta em reunião nesta terça (24) entre o governador e Guilherme Boulos, coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Foram demitidos 42 metroviários na greve da categoria, que durou cinco dias no início de junho. Por conta das demissões, o Ministério do Trabalho aplicou uma multa de R$ 8.050,55 ao Metrô de São Paulo.

O governador listou as demandas feitas por Boulos após assinatura de empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para investimentos em saúde e transportes, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado.

Além da readmissão dos trabalhadores, Boulos disse na terça que havia pedido mais recursos para o programa Casa Paulista, que financia moradias populares, construção de metrô na periferia de São Paulo e a criação de uma comissão estadual de mediação de conflitos urbanos, para tentar evitar despejos forçados.

Alckmin confirmou que conversou sobre o Casa Paulista, mas não disse se os recursos serão complementados. Em relação à mediação de conflitos, o governador afirmou que "é rotina" o "entendimento no sentido de buscar evitar conflitos na questão das áreas que precisam ser reintegradas".

Sobre o metrô, o tucano afirmou que o pleito do MTST é "que ele vá até o Jardim Ângela", bairro da zona sul paulistana. Segundo ele, já há projeto funcional pronto para implantar a estação.

"Vamos agora fazer o projeto executivo e o licenciamento ambiental. A linha 5 do metrô já está em obra em dez estações até a Chácara Klabin. Na outra ponta ela está no Capão Redondo. Então, ela terá mais três estações até o Jardim Ângela", disse.

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