Investigado pela PF, ex-assessor de Padilha trabalhou por três meses no Ministério da Saúde


Folha.com


Investigado pela Polícia Federal sob suspeita de ter sido indicado por Alexandre Padilha para um laboratório do esquema da Lava Jato, Marcus Cezar Ferreira de Moura, 46, trabalhou por três meses no Ministério da Saúde, então sob o comando do hoje pré-candidato do PT ao governo de São Paulo.

Isso ocorreu entre maio e agosto de 2011, como coordenador de Promoção e Eventos na assessoria de comunicação do gabinete de Padilha.

No ano anterior, ele havia integrado a equipe da campanha presidencial de Dilma Rousseff. Ele foi filiado ao PT paulista de 1994 a 2008.

Após deixar o ministério, Moura atuou, a partir de 2012, mais próximo de deputados, como assessor parlamentar da Geap (Fundação de Seguridade Social), que vende planos de saúde para servidores da União.

Na sexta-feira (26), Padilha disse que não tinha relação direta com Moura na Saúde, que não o indicou ao cargo e que o ex-assessor nunca teve como função lidar com a indústria farmacêutica ou com a área de medicamentos.

O petista afirmou que Moura trabalhava no Ministério "em um papel administrativo de coordenação de eventos, sem nenhum tipo de papel ou responsabilidade com temas ligados à indústria farmacêutica ou definição de medicamentos". Padilha disse ainda que o executivo foi indicado para o Ministério da Saúde por funcionários do ministério. "Ele já tinha relações com pessoas do governo desde 2010, não é um cargo que passaria pelo meu crivo porque não é um cargo decisivo dentro do gabinete".

Segundo Padilha, a relação entre eles começou nos anos 90, na militância petista."Conheço sim o Marcus Cezar Moura. Ele foi militante do PT no começo dos anos 1990. É uma pessoa que eu nunca mais tinha tido contato, mas nos reencontramos quando eu era da Secretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República", disse.

Nas palavras do ex-ministro, o foco de Moura em Brasília era a área de relações institucionais.

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