Haddad suspende funcionamento de 260 telecentros


Giba Bergamin Jr. _ Folha de S.Paulo


A Prefeitura de São Paulo suspendeu por 15 dias o funcionamento dos 260 telecentros -salas para uso gratuito de computadores com acesso à internet- da cidade.

Segundo a gestão Fernando Haddad (PT), a suspensão ocorreu por problemas na documentação da empresa responsável pela gestão dos espaços, que não teve o contrato prorrogado. Além disso, uma licitação que escolheria a nova empresa também foi suspensa por determinação do TCM (Tribunal de Contas do Município).

O telecentros foram criados na gestão petista de Marta Suplicy (2001-2004) como grande aposta para levar a internet à periferia -a prefeita inaugurou vários deles. Segundo a administração, já estão sendo tomadas providências para restabelecer o funcionamento "o mais breve possível".

O impasse começou em dezembro do ano passado, quando foi publicado o pregão eletrônico para licitar os serviços de operação e manutenção dos telecentros.

O TCM encontrou "inconsistências" no processo licitatório, o que resultou na suspensão. A Secretaria Municipal de Serviços, então, alterou os termos da licitação e decidiu prorrogar os contratos com a empresa Zênega e o Instituto Idort, por um período de três meses, entre 21 de março e 20 de junho.

Porém, a documentação da entidade estava vencida. Como os documentos que comprovam a regularidade fiscal da empresa não foram apresentadas, a secretaria não pode fazer o contrato para prorrogação e, consequentemente, suspender o funcionamento dos telecentros.

"Esclarecemos ainda que a Secretaria de Serviços foi surpreendida com a não apresentação da documentação necessária por parte do Idort. Não restando outra alternativa senão a suspensão das atividades dos telecentros, pois a entidade era contratualmente responsável pelos profissionais que diariamente mantinham os telecentros em funcionamento", diz a prefeitura, em nota.

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