Ex-diretor da Petrobras cobrava comissões em troca da intermediação de negócios com a petroleira


Folha de S.Paulo

Documentos apreendidos pela Polícia Federal na casa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa apontam que ele usou sua empresa de consultoria para cobrar comissões em troca da intermediação de negócios com a petroleira estatal.

Planilhas mostradas na noite de ontem pelo "Fantástico", da TV Globo, detalham os negócios da Costa Global –fundada pelo ex-diretor em 2012 após ele deixar a estatal.

Paulo Roberto foi preso pela PF na Operação Lava Jato no dia 20 de março após tentar ocultar provas que supostamente o incriminam.

A reportagem cita como exemplo o caso Astromarítima Navegação S.A., cliente da Costa Global que assinou com a Petrobras em outubro de 2013 contratos de fretamento marítimo no valor total de R$ 490 milhões.

Um papel que traz a contabilidade da consultoria aponta entre os "negócios em andamento" contrato da Astromarítima que pagaria "taxa de sucesso" de 5% até R$ 110 milhões e mais 50% sobre o que ultrapassasse esse valor.

Ao "Fantástico", o advogado de Paulo Roberto disse que os contratos da consultoria são legais e declarados e que a citação à Astromarítima nos papeis se refere a um negócio sem relação com a Petrobras.

A Astromarítima disse ao programa que teve um único contato com a empresa de Paulo Roberto em busca de novos investidores –o que não deu certo–, e que seus contratos com a Petrobras foram obtidos de maneira legal.

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