PF prende ex-diretor da Petrobras em operação contra lavagem de dinheiro


Segundo a corporação, ex-executivo da estatal foi preso sob a acusação de destruir documentos que o envolveriam no esquema de lavagem de dinheiro investigado nesta semana


A Polícia Federal prendeu o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa durante da operação Lava-Jato, sobre lavagem de dinheiro, informou a assessoria de imprensa da PF. O ex-executivo da estatal foi preso no Rio de Janeiro sob a acusação de destruir documentos que o envolveriam no esquema de lavagem de dinheiro investigado pelos policiais federais.

Os grupos investigados registraram comunicações de operações financeiras atípicas num montante que supera R$ 10 bilhões, de acordo com as informações fornecidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e obtidas pela Polícia Federal.

Procurada, a Petrobras disse por meio de sua assessoria de imprensa, que, por ora, não comentará o assunto. Logo após Maria das Graças Foster assumir a presidência da Petrobras, em 2012, Costa foi demitido da diretoria de Abastecimento.

Ele era um dos diretores mais atuantes da gestão do ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli. Costa era uma indicação do PMDB e apadrinhado pelo vice-presidente da República, Michel Temer.

A operação

A Operação Lava Jato deflagrada para desarticular quadrilhas suspeitas de lavagem de cerca de R$ 10 bilhões incluiu a ordem de sequestro do hotel Blue Tree Londrina e outros imóveis de alto padrão, além da apreensão de carros de luxo e outros bens adquiridos com o dinheiro do crime. Um hotel em São Paulo e um outro de Porto Seguro (BA) também foram sequestrados.

De acordo com a PF, as quadrilhas investigadas envolvem alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil e são responsáveis pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos, entre outros crimes.

* Com informação Reuters e Agência Brasil

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