Alckmin inicia testes com passageiros do primeiro ônibus movido totalmente a baterias


Além de não emitir poluentes, o veículo é também o primeiro ônibus articulado do mundo com essa tecnologia


O governador Geraldo Alckmin iniciou nesta quinta-feira, 20, em Diadema, os testes com passageiros do EBus, o primeiro ônibus articulado do mundo movido totalmente a baterias. Esses testes são realizados por meio da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A. - EMTU/SP, ligada à Secretaria de Transportes Metropolitanos.

“As grandes cidades enfrentam hoje um grande problema causado pelo combustível fóssil (diesel), que é altamente poluente. A tecnologia empregada nesse ônibus é histórica porque tem poluição zero”, informou Alckmin. “Diadema está dando exemplo de inovação para o Brasil e o mundo com o primeiro ônibus biarticulado com bateria, emissão zero de poluentes e silêncio absoluto. A vocação de São Paulo é estar na vanguarda da tecnologia em benefício da população”, completou.

Desenvolvido em parceria com a Mitsubishi Heavy Industries (MHI) e a Mitsubishi Corporation (MC), do Japão, além da concessionária Metra (Sistema Metropolitano de Transportes), o programa de teste objetiva verificar a viabilidade técnica e econômico-financeira da tecnologia de tração elétrica, totalmente movida a baterias, sem a necessidade de implantação de rede aérea de alimentação, como ocorre com os trólebus.

Desde novembro de 2013, o EBus estava circulando em testes com pesos de areia. A partir de agora, os testes serão feitos em operação regular com passageiros, devendo circular até junho deste ano, percorrendo a extensão Terminal Diadema - Morumbi (São Paulo) do Corredor Metropolitano ABD (São Mateus-Jabaquara), gerenciado pela EMTU/SP.

Características técnicas

A Mitsubishi Heavy Industries - MHI, do Japão, desenvolveu o sistema de baterias de tração, que foi integrado a um veículo de propriedade da concessionária Metra (articulado, com 18 metros de comprimento e capacidade de carregamento de 124 passageiros). As baterias são compostas por íons de lítio recarregáveis, do tipo das utilizadas em equipamentos eletrônicos portáteis, capazes de armazenar muito mais energia do que as baterias de tração mais comumente utilizadas.

Os investimentos com o ônibus e a montagem da infraestrutura para carregamento das baterias de tração ficaram a cargo da MHI, MC e Metra. A integração do sistema de baterias ao ônibus foi executada pela MHI e pela empresa brasileira Eletra Industrial.

O trecho Diadema - São Paulo (Terminal Metropolitano Diadema e Estação Morumbi da CPTM) tem 11 quilômetros de extensão. A operação foi planejada para permitir, ao longo do dia, quatro recargas rápidas (cada uma com duração de quatro minutos) no Terminal Diadema, totalizando diariamente 160 km de rodagem (incluindo deslocamentos entre a garagem e o terminal). Além disso, o ônibus receberá cargas lentas (com duração de duas a três horas) na garagem da Concessionária Metra durante a noite e em horários de baixa demanda de passageiros.

Benefícios

As linhas intermunicipais operadas na extensão Diadema - São Paulo (Morumbi) transportam em média 13,4 mil passageiros por dia útil. Além desses usuários, a população do entorno do corredor será beneficiada com a operação dos ônibus elétricos, pois não há emissão de poluentes e o nível de ruído é baixo.

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