Casa Civil pode ter manipulado processo de Rosemary Noronha


A Casa Civil pode ter manipulado o processo que apurou o envolvimento de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, em esquema de corrupção e tráfico de influência deflagrado pela Polícia Federal na operação Porto Seguro, em novembro de 2012. É o que suspeita o Ministério Público Federal (MPF), segundo reportagem nesta segunda-feira (13), no jornal Correio Braziliense.

De acordo com a publicação, a Procuradoria da República do Distrito Federal também investiga se a Secretaria-Geral da Presidência, comandada pelo ministro Gilberto Carvalho, teria sido omissa em relação ao caso para blindar Rosemary, amiga pessoal do ex-presidente Lula, indicada por ele ao cargo.

Para o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), a investigação veio em boa hora: “Uma boa iniciativa por parte do MP. Mesmo assim, é preciso aprofundar e muito as investigações, porque podem estar tentando esconder detalhes por trás dos panos”.

E completou: “Já era para terem feito isso. O envolvimento de Rosemary no esquema foi amplamente divulgado.

O parlamentar considerou suspeita a atitude da Casa Civil de tornar restrito o acesso ao relatório do caso.

“Não tem sentido as investigações ocorrerem por um órgão vinculado ao PT e que, na prática, esconde, joga para baixo do tapete as apurações e o que foi comprovado pela Polícia Federal”, criticou.

Operação Porto Seguro – Deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2012, a operação Porto Seguro desvendou um esquema de venda de pareceres técnicos do governo a empresas privadas, muitas vezes em troca de favores pessoais. Entre os envolvidos estavam Rosemary Noronha e os irmãos Rubens e Paulo Vieira, então diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Nacional de Águas (ANA), respectivamente. Os dois foram indicados aos cargos pela ex-chefe de gabinete.

Fonte: psdb.org.br

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