Alckmin diz que ação na cracolândia não pode virar 'picuinha política'


Folha.com

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), rebateu na manhã desta sexta-feira (24) as críticas feitas pelo prefeito Fernando Haddad (PT) à ação da Polícia Civil realizada no dia anterior na cracolândia, centro de São Paulo.

"Nós não podemos transformar isso em picuinha partidária", disse o governador em entrevista após a entrega de obras da rodovia Tamoios, em Paraibuna (SP).

Ontem, após confronto entre policiais e usuários de drogas na cracolândia, Haddad chamou uma entrevista, na qual reagiu à operação, que classificou como "lamentável".

Durante a operação, ao menos três pessoas foram feridas. Algumas chegaram a dizer que foram atingidas por balas de borracha, mas a Polícia Civil afirmou que não usa esse tipo de projétil.

Alckmin afirmou que o Denarc (Departamento de Narcóticos da Polícia Civil) foi até a cracolândia para fazer prisão de traficantes, os usuários tentaram impedir e a polícia revidou.

"O Denarc fez uma ação para prender traficantes, e dependentes químicos tentaram impedir a prisão dos traficantes. Não pode ter território livre, traficante precisa ser preso", afirmou.

Para o governador, é preciso "separar dependente químicos de traficante".

Questionado se considera que houve excesso por parte dos policiais, Alckmin que "se, na resposta da polícia, que foi agredida, houve excesso, isso vai ser apurado."

O governador também citou iniciativas do governo estadual para tratar dependentes químicos, como a internação de usuários de drogas em comunidades terapeutas e hospitais. "Nós temos procurado dar a mão para o dependente químico", disse Alckmin.

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