Edson Aparecido acusa deputado petista de adulterar documento para incriminar tucanos



O secretário estadual da Casa Civil de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou nesta terça-feira (26) que houve “adulteração” dos documentos envolvendo os tucanos nas investigações sobre o cartel das licitações de metrô e trens em São Paulo. Em entrevista, nesta terça-feira (26/11), Aparecido avisou que processará coletiva e individualmente cada um que o acusa.

Confira adulteração de documento usado contra tucanos


Aparecido ressaltou que, no processo, o texto em inglês é diferente do divulgado em português. “O primeiro deles [dos textos], que deu origem a essa denúncia em 2008, não consta parágrafo algum nem texto que envolva o PSDB ou pessoas do PSDB”, disse o secretário.

Segundo Aparecido, na tradução feita pelo deputado estadual Simão Pedro (PT-SP) foram introduzidos quatro parágrafos, sobretudo, referências ao PSDB. “Houve uma clara adulteração de documentos”, acusou.

Ele apresentou à imprensa ainda cópia das cartas de dois delegados da Polícia Federal que desmentem a versão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que assumiu a responsabilidade de ter encaminhado a acusação contra os tucanos à Polícia Federal. Os dois delegados atestam que teriam recebido o material do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Aparecido reiterou que no depoimento do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer não há referência alguma a integrantes do PSDB. “Os fatos ali retratados não condizem com a realidade e estão distorcidos. E porque que disse isso na sua nota oficial na semana passada? Por que na sua delação premiada não consta o nome de nenhum político do PSDB? Esta que é a questão”, disse.

O secretário avisou que há uma série de ações que envolvem as denúncias. “Nós temos um conjunto de ações que serão ações de partido, que serão ações partidárias, há um conjunto de ações que são ações pessoais.” Aparecido disse que processará o presidente do Conselho Administrativo do Conselho Econômico (Cade), Vinícius Carvalho e o deputado estadual Simão Pedro. Segundo ele, vai recorrer à Procuradoria-Geral da República.

Participaram da entrevista coletiva o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), os líderes do partido na Câmara, Carlos Sampaio, e no Senado, Aloysio Nunes Ferreira, os deputados federais Bruno Araújo (PE), Antonio Imbassahy (BA), Marquezan Junior (RS), Vanderley Macris (SP), além do presidente do PSDB em São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira, e o secretário de Energia, José Aníbal

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