Ele não teria concluído desfiliação do PT antes de entrar no conselho.
Advertência representa 'mancha no currículo', diz presidente da comissão.
Juliana Braga - G1
Segundo o presidente do colegiado, Américo Lacombe, a sanção foi aplicada porque ele não tomou todas as providências necessárias para se desvincular do PT antes de assumir o cargo. Segundo o Código de Conduta da Administração Pública, a advertência é a única punição que a comissão pode aplicar a autoridades em exercício.
“Ele não tomou providências necessárias para cancelar o registro dele do partido. Ele pediu, mas não foi atrás, não foi à Justiça Eleitoral. Tanto que, algum tempo depois, depois de ele já ter se desligado do partido, numa relação do partido aparece o nome dele como integrante. Ele já não era mais integrante, mas não tomou esses cuidados”, esclareceu Lacombe.
Segundo Lacombe, não houve omissão de informações. Para a comissão, Vinícius Carvalho não teria escondido o fato de ter sido filiado ao PT, apenas não formalizou seu desligamento de forma apropriada, segundo disse.
A advertência é a sanção aplicada pelo colegiado para autoridades da administração pública que ainda estejam no exercício do cargo.
“Vamos imaginar que amanhã ele queira ou alguém o convide pra ser ministro do Supremo (Tribunal Federal - STF). Sabe que uma das condições é ter reputação ilibada – será que ele terá depois de uma advertência?”, detalhou o presidente. Para ele, a advertência representa uma “mancha” no currículo.
Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", Vinícius Carvalho teria omitido de seu currículo a filiação ao PT e o fato de ter trabalhado, em 2004 com o deputado estadual Simão Pedro (PT-SP). De acordo com o jornal, anos depois, Simão Pedro apresentou pedido de investigação sobre obras do metrô em São Paulo.
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