Leilão do campo de Libra revela amadorismo do governo federal com privatização


O leilão do pré-sal do campo de Libra realizado nesta segunda-feira (21) revela o amadorismo e a contradição do governo federal em relação à privatização, na avaliação de parlamentares do PSDB.

Apenas um consórcio apresentou proposta e obteve o direito de explorar por 35 anos o campo de Libra, no pré-sal da bacia de Campos, que consumirá R$ 400 milhões em investimentos nesse período. O consórcio vencedor é liderado por Petrobras (10%, mais os 30% obrigatórios), Shell (20%), Total (20%) e as chinesas CNPC e CNOOC (10% cada).

Para o deputado federal Emanuel Fernandes (PSDB-SP), o leilão mostra a contradição do governo. Em 2010, a então candidata Dilma disse que era “crime” privatizar a Petrobras ou o pré-sal. Segundo o tucano, o PT tem um discurso no palanque e outro no púlpito da Presidência. Conforme destacou, essa ambiguidade afastou os investidores. “Os grandes grupos não vieram para disputar em função dessa ambiguidade do governo, que ganha a eleição demonizando a privatização e depois vê a necessidade de ter capital para investir na infraestrutura”, apontou. “Como eles ganharam as eleições falando mal das privatizações do governo Fernando Henrique, agora têm que dar uma volta tremenda para justificar e falar que é concessão”, completou.

O parlamentar afirmou que o país perdeu muito tempo e já poderia estar extraindo o óleo do pré-sal. “É uma rendição do governo ao nosso discurso e estão tentando disfarçar isso com outro discurso”, ressaltou.

Segundo o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA), há uma incoerência entre as falas de campanha e as medidas do atual governo. “O governo do PT, de uma forma inimaginável, acaba de privatizar a metade das reservas de petróleo de todo o Brasil. Depois de o PT fragilizar a Petrobras endividando-a de maneira irresponsável, fazendo com que ela perdesse o valor patrimonial na ordem de 34% nos últimos anos, com tantos equívocos de planejamento, chegamos agora ao final de um processo lamentável”, destacou.

De acordo com ele, o processo foi marcado pelo amadorismo do governo. “O processo é marcado pela improvisação, pelo amadorismo, pela incompetência, uma confusão generalizada que afugentou asgrandes empresas petroleiras do mundo e fez com que a Petrobras passasse por um momento de grande constrangimento”, disse.

O deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), por sua vez, destacou as perdas que o modelo de partilha do pré-sal trouxe ao país. “Com a quebra do monopólio e o modelo de concessão de FHC, o setor de petróleo cresceu 10% ao ano. Com a mudança para o regime de partilha e incompetência gerencial do governo do PT, perdemos seis anos e o setor cresceu só 2,7% ao ano”, apontou, no Twitter.

Do Portal do PSDB na Câmara

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