De olho em 2014, Serra reaparece ao lado de Alckmin


Luiz Carlos Murauskas/Folhapress 
Geraldo Alckmin cumprimenta José Serra na cerimônia em que anunciou abertura das inscrições para o vestibular das Fatecs

Após seis dias do anúncio de sua permanência no PSDB, JoséSerra voltou a cumprir compromissos públicos ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Segundo aliados, essa é uma estratégia do ex-governador paulista para mostrar que "segue no jogo", qualquer que seja seu destino político nas eleições de 2014.

Nos últimos dois dias, Serra e Alckmin estiveram juntos em um culto na sede da Assembleia de Deus, anteontem, e em uma visita a uma unidade da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec), ontem, na zona leste da capital paulista.

Serra surpreendeu o cerimonial do Palácio dos Bandeirantes e chegou para acompanhar Alckmin. Os dois conversaram reservadamente por quinze minutos e, em seguida, tomaram café em uma lanchonete da região.

"Serra precisa ver e ser visto se quiser sair candidato a deputado federal, senador ou, quiçá, a presidente", disse um interlocutor.

A partir de agora, o tucano deve participar de agendas em áreas que considera ter mais afinidade, como saúde e ensino técnico. O Palácio dos Bandeirantes diz que Serra é convidado para eventos que remetem a projetos iniciados durante sua gestão como governador.

A filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, animou tucanos que ainda defendem o nome de Serra para a disputa do Palácio do Planalto.

De acordo com serristas, o PSDB deve fazer pesquisas qualitativas para reavaliar o cenário eleitoral.

O objetivo é questionar a candidatura do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional da sigla e que hoje tem apoio da maioria do partido para disputar a sucessão da presidente Dilma.

Durante a agenda de Alckmin ontem, Serra classificou o pacto entre Marina Silva e Eduardo Campos como "surpreendente".

"O cenário político [para 2014] ainda está indefinido. Se alguém disser que sabe o que vai acontecer é porque está por fora", declarou.


Marina Dias - Folha.com  - Colaborou CÉSAR ROSATI, de São Paulo

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