Inferno astral do governo federal agrava-se neste ano


Folha.com

O inferno astral do governo Dilma no Congresso agravou-se neste ano. A presidente, que nunca foi conhecida por ter gosto pela articulação política, teve o modelo de interlocução com o Legislativo questionado até pelo ministro Aloizio Mercadante, seu conselheiro próximo.

O primeiro grande problema no ano foi a tramitação da medida provisória do setor portuário. Sob uma saraivada de insinuações de grandes lobbies políticos e empresariais em ação, a área política do governo não deu uma resposta incisiva.

O resultado foi uma série de acordos de última hora e a aprovação de um texto com idas e vindas, em uma sessão épica na Câmara --com 22 horas, a mais longa em duas décadas.

Enquanto o governo cuidava de suas dores na Câmara, o Senado aprovava novas regras para vetos presidenciais.

O governo conseguiu ver um esqueleto com quase 2.000 vetos ir para a gaveta, mas ao preço de ter os futuros vetos analisados em até 30 dias. Esse e o projeto da chamada emenda impositiva estão entre os maiores temores do Palácio. Se aprovado, as emendas parlamentares têm de ser pagas sem restrição, o que reduz o poder de barganha do Executivo.

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