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O secretário-geral do PSDB, deputado Mendes Thame (SP), divulgou nota para rebater a afirmação do secretário-geral de comunicação do PT, Paulo Frateschi, sobre a possibilidade de os tucanos fazerem prévias para escolher seu candidato à Presidência da República.
O dirigente petista disse na manhã desta segunda-feira (26) que o "PSDB nunca vai fazer prévia" e afirmou ironicamente que o postulante da sigla ao Palácio do Planalto seria decidido por dirigentes num saguão de hotel em reunião regada a garrafas de vinho francês da região da Borgonha.
A resposta tucana veio na forma de uma nota divulgada no final da tarde de segunda.
O texto assinado por Thame ataca os ex-dirigentes petistas condenados no julgamento do mensalão e a escolha de Dilma Rousseff e Fernando Haddad, respectivamente, como candidatos do PT à Presidência em 2010 e à Prefeitura de São Paulo em 2012.
Ambos foram indicados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar os cargos para os quais acabaram eleitos.
Segundo Thame, Dilma e Haddad são "apelidados pelo senso comum de 'os postes de Lula', o qual, não bastasse, está impondo o pior ministro da Saúde que o Brasil já teve, Alexandre Padilha, para concorrer ao governo de São Paulo".
O ministro deve ser o candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes em 2014.
O dirigente tucano afirmou que, "ao contrário do PT", o PSDB fez prévias em São Paulo para a escolha de José Serra na disputa pela prefeitura em 2012, e que o partido "não terá qualquer problema se optar por usar o processo na escolha de seu candidato à Presidência da República".
O ex-governador defende a consulta interna para viabilizar sua terceira candidatura ao Palácio do Planalto. O senador Aécio Neves (MG), presidente do partido, tem o apoio da maioria da legenda para disputar contra Dilma no próximo ano.
Em 2012, Serra se inscreveu nas prévias do PSDB paulistano quando faltava menos de uma semana para a data da consulta, após ser convencido por aliados a disputar a prefeitura. Na ocasião, dois dos quatro candidatos desistiram em favor do ex-governador, que venceu a eleição interna e acabou derrotado por Haddad.
Aliado de Serra, Thame disse ainda lamentar que Frateschi "perca seu tempo dando tentando dar opinião (equivocada, por sinal) sobre o PSDB, quando seus dirigentes estão a um passo de ir para a cadeia no processo do mensalão".
NOTA
Leia a seguir a íntegra da nota:
"É lamentável que o secretário nacional de comunicação do PT, Paulo Frateschi, perca seu tempo tentando dar opinião (equivocada, por sinal) sobre o PSDB, quando seus dirigentes estão a um passo de ir para a cadeia no processo do Mensalão e seus governos, federal e da capital paulista, patinam na administração da coisa pública.
Deveria cuidar de seu próprio partido, cujos candidatos têm sido indicados por um único dedo, de forma unilateral, como aconteceu com Dilma Rousseff e Fernando Haddad, apelidados pelo senso comum de "os postes de Lula, o qual, não bastasse, está impondo o pior ministro da Saúde que o Brasil já teve, Alexandre Padilha, para concorrer ao Governo de São Paulo.
O PSDB, ao contrário do PT, promoveu prévias internas para escolha de seu candidato à Prefeitura de São Paulo em 2012 e não terá qualquer problema se optar por usar o processo na escolha de seu candidato à Presidência da República. A democracia faz parte do nosso cotidiano, e nada que a ela esteja ligado nos causa estranheza ou incômodo.
Infelizmente, para os petistas, o povo acordou e não aceita mais esse tipo de comportamento, que tenta desviar o foco dos reais problemas, como a economiaminguada, o desemprego em ascensão e o dólar nas alturas.
Dep. Mendes Thame, secretário-geral do PSDB"
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