A aliados, Geraldo Alckmin diz querer menos deputados no governo


Folha.com

Jorge Araújo-Folhapress 
O governador Geraldo Alckmin e autoridades civis e militares durante desfiles de 9 de Julho em São Paulo

Dirigentes de partidos aliados do governador de São paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), receberam indicações do tucano de que ele irá reduzir o número de parlamentares em seu secretariado, para enxugar a máquina administrativa.

O recado de Alckmin foi dado há cerca de duas semanas para dirigentes do PPS e do PSB. Alckmin falou sobre o assunto com o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), após uma agenda no interior do Estado. O deputado Márcio França, presidente do PSB em São Paulo, também foi avisado.

O PPS controla a Secretaria de Gestão, com o deputado estadual Davi Zaia. Já o PSB controla a Secretaria de Turismo. O próprio França foi titular da pasta até junho de 2012. Hoje, ela está sob o comando de Claudio Valverde.

Alckmin deve retomar nesta semana os estudos para redução de seu secretariado. A proposta de diminuir o número de parlamentares esbarra no descontentamento de nomes do próprio PSDB que estão no governo. Hoje, das 25 secretarias, 8 estão sob o comando de deputados.

O plano de redução da máquina teria como ponto central a fusão de órgãos. Como a coluna Painel, da Folha, mostrou na última sexta, uma das hipóteses é fundir as secretarias de Energia e Saneamento. A secretaria de Energia está nas mãos do deputado José Aníbal (PSDB), e a de Saneamento com o deputado estadual Edson Giriboni (PV).

O deputado Arnaldo Jardim confirmou ter voltado com o governador de helicóptero de uma agenda no interior, mas disse que a mudança no desenho do secretariado não foi tema de conversa.

O estudo que prevê afastar parlamentares e subtrair secretarias está com Edson Aparecido, secretário da Casa Civil, e João Carlos Meireles, assessor especial de Alckmin.

Após a Folha revelar a existência do plano, o presidente estadual do PSDB, deputado Duarte Nogueira, disse que a bancada federal apoiaria a medida. No governo, no entanto, os deputados que chefiam pastas reagiram com desconforto.

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