Quem ajudou a construir a história dos 25 anos do PSDB


Alberto Goldman

Engenheiro. Tem mais de 40 anos de vida pública. Foi governador de São Paulo, deputado estadual, ministro dos Transportes durante a gestão Itamar Franco, secretário de Estado e exerceu seis mandatos como deputado federal.

É integrante do PSDB desde 1997. Foi vice-presidente do partido entre 2011 e 2013, quando a sigla era presidida por Sérgio Guerra.

Em seus mandatos no Legislativo, foi líder do PSDB na Câmara dos Deputados e atuou em temas como infraestrutura, orçamento, planejamento e outros. Foi relator da Lei Geral de Telecomunicações, que criou marcos para o setor. Presidiu, na Câmara, a Comissão Mista de Orçamento.

No governo de São Paulo, que exerceu em 2010, conduziu obras viárias, inaugurou centros de educação e de formação de professores, entre outras realizações.

Ao deixar o governo de São Paulo no início de 2011, quando passou a gestão para Geraldo Alckmin, Goldman ressaltou que sua administração e a de Serra foram responsáveis por deixar as finanças de São Paulo em estágio de equilíbrio.

André Franco Montoro

Doutor em Direito pela Universidade de São Paulo e licenciado em Filosofia e Pedagogia, foi professor universitário, secretário-geral do Serviço Social da Secretaria de Justiça de São Paulo e procurador do estado entre 1940 e 1950.

Ingressou na vida política em 1947, como vereador de São Paulo, posteriormente ocupando cargos eletivos de deputado estadual, federal e senador. Em 1982, na primeira eleição direta em 20 anos, elegeu-se governador de São Paulo.

Montoro fez uma política de descentralização. Procurou estimular a participação popular ao criar conselhos comunitários de segurança. Foi também um dos artífices da campanha das Diretas Já.

Juntamente com outros dissidentes do PMDB, fundou o PSDB, em 1988, legenda pelo qual se elegeu deputado federal por dois mandatos, até 1999, ano em que faleceu.

Arthur da Távola

Nascido no Rio de Janeiro, Paulo Alberto Monteiro de Barros, conhecido como Arthur da Távola, foi advogado, jornalista, radialista, escritor, professor e político.

Iniciou a carreira política em 1960 como deputado estadual do então estado da Guanabara. Dois anos depois, elegeu-se deputado constituinte pelo PTB.

Cassado pelo regime militar em 1964, deixou o Brasil para viver em países vizinhos como Bolívia e Chile até 1968.

Foi um dos fundadores do PSDB. Como líder da bancada tucana na Assembleia Constituinte de 1988, defendeu alterações nas concessões de emissoras de televisão possibilitando a criação de canais direcionados à sociedade civil.

Exerceu o mandato de deputado federal entre 1987 a 1995. Em 1995 elegeu-se senador, mesmo ano em que ocupou a presidência nacional do PSDB, onde permaneceu até 1997. Em 2001, licenciou-se por nove meses do cargo de senador para comandar a Secretaria de Cultura na cidade do Rio de Janeiro.

Entusiasta da música clássica, manteve um programa na TV e rádio Senado sobre música erudita. Também escrevia crônicas para o jornal “O Dia”. Publicou ao todo 23 livros de contos e crônicas.

Fernando Henrique Cardoso


Presidente da República entre 1995 e 2002. Em seu governo, o Brasil viveu transformações estruturais, como a estabilização da economia, por meio do Plano Real, a expansão das telecomunicações e a implantação de programas de transferência de renda. Tudo isso contribuiu para a melhoria da qualidade de vida e da democracia no Brasil.

Fernando Henrique é um dos mais respeitados sociólogos brasileiros. Sua relação com o ambiente acadêmico começou na década de 1950, quando foi professor da Universidade de São Paulo (USP). Lecionou também em universidades dos Estados Unidos, Chile e França. É doutor honoris causa de mais de 20 universidades internacionais.

Com a instalação do regime militar, em 1964, exilou-se no Chile. Voltou ao Brasil em 1968. No ano seguinte, foi aposentado compulsoriamente na USP.

Durante o início da década de 1980, quando exercia mandato de senador, foi um dos principais integrantes do movimento Diretas Já, ao lado de outras lideranças do grupo que daria origem ao PSDB.

Foi um dos fundadores do partido, em 1988. À época, já havia sido reeleito senador por São Paulo e fazia parte da Assembleia Constituinte. Atuou como ministro, no governo Itamar Franco, das Relações Exteriores e da Fazenda – na ocasião, foi o articulador do Plano Real, que acabou com a inflação que marcou o Brasil nas décadas de 1980 e 1990.

Após deixar a Presidência da República, retornou ao universo acadêmico e criou o Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC). Atualmente, integra grupos internacionais de debate político, como o The Elders, no qual tem a companhia do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela. Em 2012, recebeu o Prêmio Kluge, honraria considerado o Nobel das Ciências Humanas.

José Richa

Fluminense de São Fidélis, mudou-se para o Paraná ainda jovem. Cursou Odontologia na Universidade Federal, em 1959. Ainda na graduação, participou de atividades políticas, foi redator e repórter de jornais locais. Presidiu a União Paranaense de Estudantes (1957/1958).

Foi chefe de gabinete da Secretaria do Interior e Justiça do Governo do Paraná e assessor do então governador Ney Braga.

Exerceu o primeiro cargo eletivo em 1963, quando se elegeu deputado federal, obtendo a reeleição em 1966. Em 1972, tornou-se prefeito de Londrina (PR), posteriormente elegendo-se senador.

Em 1982, na primeira votação direta para o governo do Paraná desde a instalação do regime militar, foi eleito pela população o governador do estado. No mandato, desenvolveu projetos sociais, programas voltados à população rural, organizou a administração estadual e democratizou o acesso aos serviços públicos. Nesse período, engajou-se na campanha das “Diretas Já”.

Em 1988, durante mandato como senador, ajudou a fundar o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Com o fim do mandato, passou a dedicar-se a atividades empresariais até 2003, ano de seu falecimento.

José Serra

Iniciou a vida pública nos anos 60, no movimento estudantil. Foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) entre 1963 e 1964. Deixou o país durante o regime militar e, quando retornou, dedicou-se à carreira acadêmica. Trabalhou como professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Em 1983, foi nomeado Secretário de Economia e Planejamento do governo Franco Montoro, em São Paulo. Participou das mobilizações para as Diretas Já e integrou a Assembleia Constituinte, que aprovou em 1988 a Constituição brasileira. No mesmo ano, foi um dos fundadores do PSDB e candidatou-se à prefeitura de São Paulo. Foi líder do PSDB na Câmara dos Deputados durante a década de 1990.

Foi eleito senador em 1994 com mais de seis milhões de votos. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi ministro do Planejamento e da Saúde. Em sua gestão, foram implantados os medicamentos genéricos e os mutirões de combate e prevenção de doenças como catarata, câncer de próstata e varizes. Serra também coordenou o programa brasileiro de combate à aids, reconhecido internacionalmente como um dos melhores do mundo. Seu trabalho à frente do Ministério o levou a ser considerado, em 2009, “o melhor ministro da Saúde que o Brasil já teve”, pela ONG World Family Organization. A premiação foi entregue a Serra durante cerimônia na sede da ONU, em Genebra.

Elegeu-se prefeito de São Paulo em 2004 e governador do estado em 2006. Entre suas realizações como governador, estão a inauguração da Linha 4-Amarela do metrô e a expansão de escolas de ensino público.

Foi o candidato do PSDB à Presidência da República em 2002 e 2010.

Mário Covas

Foi como estudante de engenharia na Universidade de São Paulo que Mário Covas iniciou a militância política estudantil.

Um dos fundadores do MDB – Movimento Democrático Brasileiro – de oposição à Ditadura Militar. Aos 36 anos, elegeu-se deputado federal pela legenda, sendo escolhido líder da bancada oposicionista na Câmara dos Deputados.

Em 1969 teve o mandato cassado pela ditadura militar e os direitos políticos suspensos por dez anos. Durante esse período, dedicou-se à Engenharia.

Em 1982, foi eleito deputado federal com mais de 300 mil votos. Indicado pelo governador Franco Montoro, assumiu a Prefeitura de São Paulo em 1983, onde ficou até 1985.

No ano seguinte venceu a eleição para o Senado, tornando-se líder do partido na Assembleia Nacional Constituinte. Com a fundação do PSDB, em 1988, Covas fez parte do grupo que primeiro presidiu a legenda, ao lado de Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Pimenta da Veiga e José Richa.

Em 1989, durante a primeira eleição direta desde 1960, candidatou-se a presidente pelo PSDB, ficando em quarto lugar. Cinco anos depois, em 1994, elegeu-se governador de São Paulo. Foi reeleito em 1998. Dedicou seu governo ao saneamento das finanças públicas e começou um processo de reforma e modernização administrativa.

Faleceu em 2001, vítima de câncer.

Paulo Renato

Natural de Porto Alegre, Paulo Renato formou-se em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Fez mestrado na Universidade do Chile e doutorado na Unicamp – onde foi professor titular de economia e reitor, entre 1987 e 1991.

Ocupou cargos públicos e executivos no Brasil e no exterior, incluindo o de gerente de Operações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington e diretor-associado do Programa Regional do Emprego para a América Latina e o Caribe da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Foi um dos fundadores do PSDB, em 1988. Em 1995 foi nomeado para o cargo de ministro da Educação, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, cargo que exerceu por oito anos.

À frente do Ministério da Educação (MEC), atuou para garantir a universalização do ensino básico – o que levou a, no fim do governo FHC, 97% das crianças estarem nas escolas – e a criação de metas de avaliação de resultados do ensino público e privado.

Idealizou e implantou o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) e reformulou o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Em 2006 elegeu-se deputado federal por São Paulo, licenciando-se em 2009 para ocupar o cargo de secretário de Educação do Estado de São Paulo. Em 2011, faleceu após sofrer um infarto.

Pimenta da Veiga

Um dos fundadores do PSDB, Pimenta da Veiga é advogado, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e natural de Belo Horizonte.

Elegeu-se deputado federal por quatro ocasiões, em 1979, 1982, 1985 e 1998. Durante a Assembleia Constituinte, integrou a Comissão de Sistematização da Câmara. Foi também o líder do PSDB na Casa.

Em 1988, foi eleito prefeito de Belo Horizonte – e se tornou, assim, o primeiro prefeito de capital do partido recém-fundado. Comandou a cidade até 1990, quando renunciou para candidatar-se ao governo de Minas Gerais.

Foi Ministro das Comunicações entre 1999 e 2002, durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Teve papel decisivo na consolidação do avanço e democratização das tecnologias de telecomunicação no Brasil, um dos marcos da gestão de FHC.

Presidiu o PSDB entre 1994 e 1995, quando teve início o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso na presidência da República.

Ruth Cardoso

Doutora em Antropologia pela Faculdade de Filosofia da USP, foi professora em diversas instituições de ensino superior no Brasil e exterior, incluindo universidades do Chile, França e Estados Unidos. Pioneira no reconhecimento dos movimentos sociais ligados a questões de gênero, orientação sexual ou étnico-racial.

Casada com ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, fundou e presidiu o programa Comunidade Solidária com vistas à promoção e ao fortalecimento do voluntariado, foco no combate à pobreza e à exclusão social. O Alfabetização Solidária, Universidade Solidária, o Comunidade Ativa e Capacitação Solidária foram alguns dos projetos desenvolvidos.

Em 2000, criou a organização não governamental (ONG) Comunitas, para dar continuidade às ideias e ações promovidas pela Comunidade Solidária, programa que vigorou nos dois governos de FHC.

Aos 77 anos, faleceu vítima de problemas cardíacos.

Sérgio Motta

Nascido em São Paulo, em 1940, formou-se em Engenharia Industrial no auge da repressão política, em 1967. Durante a graduação, começou a militância política na Ação Popular.

Logo após a graduação, trabalhou em empresas de planejamento. Tornou-se, em 1973, sócio da empresa Hidrobrasileira S/A (engenharia e consultoria técnica), passando a dirigir projetos nas áreas de transporte e infraestrutura de saneamento.

Entre 1984 e 1987 assume a vice-presidência executiva da Eletricidade de São Paulo (Eletropaulo).

Em 1988, foi um dos fundadores do PSDB.

Em 1994, coordena a campanha presidencial do então ministro Fernando Henrique Cardoso. Com a vitória do PSDB, foi escolhido para comandar o Ministério das Comunicações em 1995.

Em três anos, Sérgio elaborou e concretizou a maior revolução na área de telecomunicações ao conduzir um dos maiores processos de privatização da história do país. Com isso, desburocratizou os serviços de telefonia, melhorou a gestão, qualidade, reduzindo os preços dos serviços, popularizando a aquisição de linhas fixas e estimulando a difusão de celulares. Sérgio também teve importante participação na expansão da TV a cabo e enquanto ministro, estimulou empresas estatais de comunicação a investirem em empreendimentos culturais, colaborando para a estabilização do Programa Nacional de Cultura, desenvolvido por FHC.

Faleceu em 1998, vítima de insuficiência respiratória.

Tasso Jereissati

Governador do Ceará por três mandatos. Entre 2003 e 2011 exerceu mandato de senador. Foi também presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de formação política do PSDB, entre 2011 e 2013.

Foi responsável por fazer com que o Ceará tivesse o maior crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, entre 1995 e 2002 – período em que exerceu seus dois últimos mandatos como governador.

Em sua primeira gestão, concluída em 1991, fez com que 97% das crianças entre sete e 14 anos estivessem matriculadas na escola. Outra realização de impacto no estado foi a criação do projeto Agentes da Saúde, referência para o Programa de Saúde da Família, implantado a partir de 1994 pelo governo federal.

Como senador, destacou-se como um dos principais expoentes da oposição.

É empresário e administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Do PSDB Nacional

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