Nos 25 anos do PSDB, FHC exalta legado tucano e o momento de afirmação do povo brasileiro



O ex-presidente da República e presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, exaltou nesta terça-feira o legado deixado pelo partido em seus 25 anos de história. Ao participar da inauguração da exposição em homenagem às bodas de prata do PSDB e os 19 anos do Plano Real, FHC destacou: “Nós demos uma contribuição e estamos dispostos a continuar a cooperar com o Brasil, sempre com esse sentimento: ninguém faz nada sozinho, só se faz de mãos dadas, juntos.”

Aniversariante do dia, Fernando Henrique brincou afirmando não estar feliz pelos 82 anos completados, mas pelo fato de o Brasil estar se transformando, em grande parte graças aos esforços realizados pelo PSDB nos últimos 25 anos.

E reiterou: “Só queremos uma coisa: que a nossa parte também seja reconhecida. Isso aqui é uma pequena amostra do que nós fizemos, sem falar do muito que está sendo feito nos estados governados pelo PSDB e no muito que nós nos propomos a fazer, e que faremos daqui para frente.”

Democracia – Fernando Henrique aproveitou a ocasião e defendeu que o PSDB mantenha entre suas diretrizes a defesa da democracia e a melhoria nas condições de educação, de saúde, de forma a garantir as perspectivas de futuro do povo brasileiro.

E alertou: “Não se assegura a crença na democracia, e nem se consegue avanços concretos para o povo, se não houver uma direção econômica bem estabelecida, bem feita. O termômetro disso é a inflação: quando a inflação começa a inquietar, o povo se inquieta, porque sente que o que está montado começa a desmoronar”.

Manifestações – O ex-presidente também abordou, em seu pronunciamento, as manifestações de rua registradas ontem em todo o país. Segundo Fernando Henrique, o Brasil vive hoje um momento vibrante, em que as novas gerações ganham as ruas.

“É importante que as pessoas mais jovens, e não só os jovens, expressem suas vontades, mesmo que não saibam muito bem para que lado vão e que sejam muito díspares as suas vontades. É claro que a partir daí, os que são responsáveis, que estão no governo, têm que perceber: as coisas não estão tão bem quanto eles pensam”, afirmou.

Na sua opinião, o momento de afirmação do povo brasileiro não acontece por acaso: se deve a um crescente mal estar que deriva de muitos problemas estruturais.

“Há uma certa descrença nos caminhos políticos, então, os partidos políticos que quiserem se recompor com o povo têm que chegar mais perto e sentir qual é a demanda”, acrescentou.

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