Como solução para o problema da falta de profissionais de saúde em áreas remotas e nas periferias, as lideranças médicas anunciaram que centrarão sua luta na aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 454/2009, que cria a carreira médica nos serviços públicos federal, estadual e municipal, semelhante à de juízes e promotores.
Segundo a assembleia, a aprovação da PEC 454 é a garantia da interiorização de médicos brasileiros para as áreas carentes de acesso à assistência. A medida evitaria a necessidade de importação de médicos sem aprovação do Revalida e, dessa forma, zelaria pela saúde da população.
O problema do atendimento integral, contudo, não depende somente da melhor distribuição geográfica de médicos. As entidades registram que, atualmente, o SUS (Sistema Único de Saúde) enfrenta um grave caso de subfinanciamento e também de distorções no processo de gestão.
É sempre bom lembrar que, além de médicos, uma assistência adequada aos moradores de áreas remotas só se dará quando a infraestrutura for completa, ou seja, com hospitais, postos de saúde, profissionais de outras áreas, como nutricionistas, cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, enfermeiros; acesso a medicamentos, etc.
São Paulo vai parar a Avenida Paulista
Os médicos de São Paulo, logo após a assembleia na AMB, fizeram reunião de emergência para definir o movimento de 3 de julho no Estado. Foi definido que todas as entidades da classe, acadêmicos de medicina e residentes médicos tomarão a Avenida Paulista, a partir das 16 horas, para uma passeata de protesto.
O ponto de encontro será na Associação Médica Brasileira (Rua São Carlos do Pinhal, 324), de onde a passeata sairá rumo ao gabinete de representação da presidência da República, na Avenida Paulista, 2163.
Médicos e estudantes farão um panelaço simbolizando a necessidade de as autoridades constituídas abrirem os ouvidos ao clamor dos brasileiros.
Fonte: Redação da Rádio Rural de Santarém
Comentários
Postar um comentário