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Mesmo sem comparecer à Marcha de Jesus, megaevento evangélico realizado ontem em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff teve seu nome vaiado pelos participantes da passeata.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) subiu ao palco principal da marcha e, ao anunciar que falava em nome da presidente, recebeu uma vaia que abafou alguns poucos aplausos.
Depois, durante sua fala sobre religião o ministro, ex-seminarista, foi aplaudido.
O governo vive momento de tensão com líderes evangélicos. Anteontem, alguns deles criticaram o fato de Dilma receber ativistas contrários ao projeto da "cura gay", aprovado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Após deixar o palco Carvalho comentou a vaia. "Eu acho a coisa mais normal do mundo. É próprio da democracia as pessoas se manifestarem em apoio ou em vaia."
Indagado sobre a pesquisa Datafolha que mostra a queda da popularidade da presidente Dilma, o ministro afirmou que não iria se manifestar, pois ainda não havia lido sobre a pesquisa.
A presidente, que recebeu três vaias antes do jogo inaugural da Copa das Confederações, em Brasília, decidiu não comparecer à partida final da competição, marcada para a noite de hoje, no Rio de Janeiro.
Ela avisou ao governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que também não deve comparecer ao Maracanã. O governo será representado pelo ministro Aldo Rebeto (Esporte).
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