Tucano falou de eleição no estado, mas não mencionou sucessão nacional.
Encontro elegeu Duarte Nogueira para direção estadual do PSDB.
Roney Domingos - G1
José Serra participa de convenção do PSDB na Assembleia de SP
(Foto: Roney Domingos/G1)
O ex-governador José Serra participou neste domingo (5), ao lado do governador Geraldo Alckmin, da convenção estadual do PSDB que escolheu o deputado federal Duarte Nogueira para a nova direção do diretório paulista. Duarte Nogueira disse que apoia o senador Aécio Neves como candidato do PSDB à presidência nacional do partido e à Presidência da República.
Nogueira foi eleito por aclamação pelo novo diretório estadual. O secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, foi eleito secretário-geral. O deputado estadual Cauê Macris é o primeiro vice-presidente. O tesoureiro é Felipe Sigollo. Caberá a esses nomes organizar o partido para as eleições de 2014. O novo presidente estadual afirma que o PSDB está unido, coeso e aguerrido. "Quem apostou na divisão, na segregação e que não ia aparecer fulano, beltrano ou sicrano errou redondamente", afirmou. Em seu discurso, Alckmin também afirmou: "Nós estamos unidos. Aqueles que pregarem desunião vão errar redondamente", afirmou.
Serra defendeu a reeleição de Alckmin no estado, mas não mencionou a sucessão nacional em 2014. "Não se trata única e exclusivamente de reeleger Geraldo Alckmin. Trata-se de afirmar o nosso estado em torno de um governo honesto e trabalhador”, afirmou Serra. Ao iniciar o discurso durante evento na Assembleia Legislativa de São Paulo, o ex-governador afirmou: "Já tive muitos cargos na minha vida e espero ainda ter mais."
Serra sugeriu que o novo presidente do diretório paulista lute contra a proposta sobre a cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e serviços (ICMS) que, segundo ele, pode enfraquecer a economia paulista.
"Esse é um assunto da maior gravidade. E é de gravidade dentro do PSDB. Boa parte do PSDB hoje apoia essa ação contra São Paulo. O efeito é ruim não apenas para o nosso estado, é ruim para o Brasil. Trata-se de matar a galinha dos ovos de ouro do desenvolvimento brasileiro. Isso vem de oligarquia política oportunista", disse.
O ex-governador disse que São Paulo nesse momento está sob risco com mudanças no ICMS perversas e o acirramento de uma disputa federativa cujo resultado é negativo para o país. "O que está por trás disso é a desindustrialização, substituição de produção nacional por produção importada, porque muitos estados ainda dão subsídios para a importação."
Segundo Serra, o estado brasileiro foi capturado por um partido político e seus aliados. "O Brasil está patinando, paralisado. Servindo a um projeto de poder e eleitoral. Dois anos fazendo campanha eleitoral em cadeia nacional, o que é inacreditável. Estamos com a economia sem crescer, estamos com a inflação voltando", afirmou.
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