Programa Recomeço do governo de SP leva o enfretamento ao crack aos municípios do interior


Primeira parceria foi firmada com a cidade de Campinas; o governador Alckmin também anunciou o Cartão Recomeço

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta terça-feira, 9, a ampliação do Programa Recomeço para as cidades do interior do Estado. A primeira parceria foi firmada com a cidade de Campinas, que será beneficiada com o fortalecimento da rede integrada de assistência aos dependentes químicos, desde o primeiro acolhimento até a reinserção social dos pacientes. Outras cidades como São José do Rio Preto, Santos, Jundiaí, Mogi das Cruzes e Cotia também tem potencial para receber o programa.

Outra novidade anunciada pelo governador é a criação do Cartão Recomeço, que também será fruto de parceria entre o Governo do Estado e os municípios. O cartão será usado no custeio de despesas de internação voluntária do usuário de drogas em entidades especializadas que prestem serviços de acolhimento, tratamento e reinserção social. “É uma ajuda financeira, uma espécie de plano de saúde para famílias mais pobres que tenham familiares dependentes”, explicou o governador.

Com a assinatura do convênio, Campinas receberá um espaço intersecretarial que contará com equipe multiprofissional para receber e avaliar as necessidades de usuários e familiares de dependentes químicos da região, independente da presença do paciente, favorecendo o acesso aos serviços especializados que compõem a Rede Psicossocial para dependente de crack, álcool e outras drogas.

No local definido pela Prefeitura haverá um Plantão Judiciário e Social semelhante ao implantado na capital paulista no Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), visando agilizar o encaminhamento de pacientes para as demandas necessárias ao seu cuidado de saúde, social e jurídica incluindo, a partir de avaliação médica e multiprofissional, internações em serviços hospitalares respeitando a legislação vigente (lei 10.216).

A porta de entrada será pelos Centros de Atenção Psicossociais de Álcool e Drogas (Caps-AD), que se responsabilizarão pelo projeto terapêutico individualizado e referenciado para os diferentes pontos de cuidado na rede de saúde, incluindo ações intersecretariais. As internações são indicadas para casos excepcionais, apenas para os casos considerados mais graves, e só devem ocorrer após avaliação da equipe médica.

Para garantir assistência aos dependentes com quadros de saúde mais graves, a Secretaria de Estado da Saúde irá firmar parcerias com serviços de saúde de Amparo e Atibaia, ativando imediatamente leitos de enfermaria em hospital geral e também na modalidade de Comunidade Terapêutica, para internação e assistência multidisciplinar. A meta é que este modelo esteja integralmente implantado em Campinas até o mês de maio.

Desde 2011, o número de leitos para dependentes químicos no Estado passou de 482 para 910 e até 2014 irá ultrapassar 1,3 mil vagas.

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