Senador Aloysio Nunes critica baixo crescimento do PIB em 2012



O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) criticou, na manhã desta sexta-feira (1º), o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, que foi de 0,9% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o senador, o governo precisa mudar sua política econômica imediatamente implementando medidas sérias e abrangentes.

Segundo o líder do PSDB no Senado, o “Pibinho” de 2012, muito abaixo do crescimento de 4% esperado pelo governo em 2011, mostra que o país não está se desenvolvendo.

- “Pibinho” é muito grave porque é o índice de desenvolvimento que mostra que não há desenvolvimento no Brasil, que as políticas econômicas do governo fracassaram, abaixo das previsões do próprio governo e abaixo da previsão do crescimento de todos os países da América Latina, com exceção do Paraguai – afirmou em entrevista à imprensa.

Aloysio Nunes disse ainda que a soma do baixo PIB com o aumento da inflação torna-se mais preocupante. Para o senador, o motivo principal não é a crise internacional, mas a falta de políticas internas eficazes para fazer o país crescer e controlar a inflação.

- Os Estados Unidos cresceram mais que o Brasil; o Japão, que há muito tempo se arrastava com índices baixíssimos, cresceu mais que o Brasil. A crise internacional afeta também o Chile, que cresceu mais que o Brasil. A Venezuela, que está sem governo, cresceu mais que o Brasil. De modo que não é a crise internacional. Evidentemente [que a crise] tem o seu efeito, mas é preciso cuidarmos da crise brasileira – analisou.

Para o senador, a política de desoneração para estimular o consumo não está dando resultados e o baixo PIB acaba afetando o salário mínimo e outros recursos destinados a setores do governo.

- O governo insiste em estimular, através de medidas tópicas, pontuais, setores da economia, que ele escolhe a dedo, mas o que está se vendo é que essa política não está dando resultado. PIB baixo significa baixo salário mínimo. Afeta também o volume de recursos que vai para a Saúde do governo federal, porque uma parte do orçamento federal destinada à Saúde é indexada ao PIB. Enfim, uma situação grave – disse.

Marilia Coêlho - Agência Senado

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