A ativista cubana, de 37 anos, desembarcou no Brasil sob fogo cerrado dos seguidores fanáticos de Dilma, Lula e dos mensaleiros condenados Zé Dirceu, Genoíno e João Paulo Cunha. Foi agredida em sua passagem pelo nordeste, viu o impedimento da exibição de um filme sobre Cuba – produzido e dirigido pelo cineasta brasileiro, Dado Galvão, ao custo de apenas R$ 600,00 – e precisou ter sua segurança pessoal reforçada. Reagiu a tudo isso de maneira categórica: “Quero essa democracia no meu país”, disse, exaltando seu profundo apreço pelas liberdades públicas.
A truculência desses milicianos é conhecida de nós brasileiros. Não mudam seus métodos em nada. A usina de dossiês difamatórios dos aloprados de plantão voltou à carga contra a jornalista cubana, desta feita, numa conspiração que envolveu a embaixada de Cuba no Brasil com a colaboração de gente do governo brasileiro ligado ao lulopetismo, conforme notícia na revista Veja jamais contestada.
Quando o mau exemplo vem de cima, a turma do andar de baixo se sente à vontade para achincalhar, agredir e perseguir a honra alheia, provavelmente, seguros de eventual impunidade.
O fato é que a sociedade brasileira ficou chocada com esse lamentável episódio de ameaça à integridade física e ao legítimo direito de ir e vir garantido em nossa Constituição.
Devemos ficar atentos. Essa patrulha ideologicamente retrógrada e intolerante começa a se movimentar para na marra aprovar a chamada “Lei dos Meios” – inspirada no governo Lula – que nada mais pretende do que cercear a liberdade de expressão nos meios de comunicação do país, sob o eufemismo de controle “social” da mídia.
As perguntas que não querem calar são: a bravata contra a blogueira cubana teria sido um avant-première contra quem ouse contraditar os dogmas ultrapassados das falanges extremistas do lulopetismo? Como deverão se comportar diante do debate nacional sobre a controvertida proposta da “Lei dos Meios”? Vão ameaçar jornalistas, articulistas, intelectuais, empresários e até os políticos que se oponham às suas teses de amordaçar a imprensa livre?
Espera-se que o vexame envolvendo a visita de Yoani Sánchez – comprometendo seriamente a imagem do Brasil mundo afora – tenha servido de lição.
César Colnago é deputado federal (PSDB-ES) e vice-líder do PSDB na Câmara dos Deputados
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