Alckmin diz que todas lideranças devem ter espaço na direção do PSDB


Paulo Gama - Folha.com 

Foto: Começa a palestra do governador @geraldoalckmin_ #congresso45

No momento em que o PSDB paulista negocia espaço na direção nacional da sigla, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu que a direção do partido tenha representantes de "todas as suas lideranças".

"Defendo que o diretório deve compor todas as lideranças do partido, que as lideranças se sintam representadas no diretório", afirmou após congresso estadual do PSDB, nesta segunda-feira (18). O partido elege sua nova direção em maio.

Na semana passada, como mostrou reportagem da Folha, Alckmin afirmou ao senador mineiro Aécio Neves, em encontro reservado, que discorda do seu projeto de assumir a presidência do PSDB neste ano para preparar o lançamento de sua candidatura ao Planalto em 2014.

A eleição para a liderança da sigla é considerada essencial por aliados para que Aécio viabilize sua candidatura à Presidência.

No evento desta segunda, Alckmin negou que tenha "ressalvas" à eleição de Aécio para a presidência do PSDB, mas afirmou que sua preocupação "é a unidade do partido".

"O que nós temos que fazer nesse momento é unir o partido e montar um bom time. A preocupação deve ser menos com as pessoas e mais com o conjunto, com a unidade partidária", afirmou.

O governador negou ainda que haja "desconfianças" entre Aécio e o ex-governador José Serra, rival interno do senador mineiro.

Ele classificou a possibilidade de Serra deixar o partido como "especulações já desmentidas categoricamente" e disse que o tucano "não está pleiteando nada" na direção do PSDB.

"Ele deve participar porque é uma liderança do partido. Pode participar de inúmeras maneiras."

Alckmin parte amanhã para Brasília, onde conversará com o senador mineiro sobre a sucessão interna.

O governador voltou a criticar ainda a "precipitação" da campanha presidencial. "Houve uma precipitação do processo sucessório, estamos às vezes achando que a eleição é mês que vem, mas faltam dois anos. O processo sucessório está muito acelerado", afirmou.

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