Saúde de São Paulo não é prioridade para ministro e candidato a governador


15 estados e Distrito Federal receberão verbas para alta complexidade. São Paulo fica em 6º lugar na distribuição 


Em todo o País, 15 estados e o Distrito Federal (abrangendo 39 municípios) serão beneficiados com recursos da ordem de R$ 63,3 milhões. Os recursos estão previstos em 17 portarias publicadas no final do ano passado, no Diário Oficial da União (DOU). No entanto, 11 estados ficaram fora do benefício.

As verbas devem ser aplicadas na implantação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), na habilitação de novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), na reestruturação de hospitais de ensino, na estratégia S.O.S Emergências e no custeio de leitos para tratamento com pacientes vítimas de acidente vascular cerebral (AVC).

A maior parte dos recursos - R$ 16,2 milhões - foi direcionada para a implantação de UPAs, por todo o País. 

Os Centros de Atenção Psicossocial receberão R$ 15,8 milhões para tratamento de pessoas com algum tipo de problema e com necessidades devido ao uso de crack, álcool e outras drogas. 

Analisando a divisão das verbas entre os Estados, fica clara a prioridade os governados pela “Base Aliada” do Governo Dilma. São Paulo, Estado mais populoso da Federação, é apenas o 6º na distribuição destas verbas. Sendo que, o primeiro, Rio Grande do Sul, governado pelo PT, receberá três vezes mais que São Paulo, mesmo tendo uma população quatro vezes menor. 

Esta divisão de recursos mostra que o Governo Dilma privilegia os partidos governados pelo PT ou seus aliados, em detrimento de estados mais populosos ou necessitados. O que mais espanta, é que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é o provável candidato do PT ao Governo de São Paulo. E, mesmo assim, boicota o estado que pretende governar, apenas por ser governado pelo PSDB. 

Entre os 6 primeiros, estão três estados da base aliada do governo federal, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia, que correspondem a 17,5% da população brasileira. Receberão R$ 34.897.250,06. E três estados governados pelo PSDB, Minas Gerias, Goiás e São Paulo, com 35% da população e receberão R$ 11.084.659,81. Ou seja, estados governados pela oposição tem três vezes mais habitantes e receberão um terço dos governistas. Mas isto, sabendo apenas os estados que receberão as verbas, falta saber em quais municípios elas serão aplicadas. Aí este privilégio aos partidos que apoiam Dilma pode ser ainda maior. 

Será que o Ministro Alexandre Padilha acha que se elegerá Governador de São Paulo tratando tão mal o Estado? Padilha acha que o paulista, sabendo de como ele distribui as verbas da saúde, votará nele? 

Para quem quer ser governador de São Paulo, devia colocar São Paulo em primeiro lugar. Não tratar como um estado de 6ª importância.

Fonte: Diário do Nordeste

WELBI MAIA BRITO 
Editor
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