O pedido tem como base o depoimento prestado pelo empresário Marco Valério ao PGR, divulgado pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
Segundo o jornal, o empresário relatou que pagou despesas pessoais de Lula em 2003, por meio de depósitos na conta de uma empresa do ex-assessor pessoal de Lula, Freud Godoy.
"As acusações são gravíssimas e precisam ser investigadas a fundo. Não está se tratando mais de suposições, elucubrações, presunções ou teorias, como gostavam de afirmar os réus já condenados na AP 470, agora é imperioso que a sociedade receba de Vossa Excelência mais uma pronta e certeira resposta, para confirmar ou não os fatos relatados pelo sr. Marcos Valério Fernandes de Souza que indicam a participação direta do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do "mensalão", diz trecho da representação.
O documento é assinado pelos líderes do PSDB, DEM e PPS do Congresso.
"É verdade que o Marco Valério não tem legitimidade, mas os fatos apontados são circunstanciados. Tem fatos que ele relata que tem amarrações contundentes e por isso estamos pedindo que eles sejam investigados", disse à Folha o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN).
"A investigação do ex-presidente Lula é um capítulo ainda não escrito na história do mensalão. Cabe ao Ministério Público começar a escrevê-lo", afirmou o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).
O senador criticou o silêncio do ex-presidente Lula sobre as declarações de Marco Valério. Após evento realizado ontem em Paris, Lula se esquivou da imprensa e limitou-se a dizer que o depoimento do empresário é "mentira".
"O ex-presidente Lula sempre foi falante e nesse caso ele está calado. O silêncio não é bom conselheiro nessa hora", afirmou Dias.
O senador considerou como uma "estratégia ridícula" de integrantes do PT de convidarem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para prestar esclarecimentos no Congresso.
ERICH DECAT - folha.com
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