Andrea Matarazzo (PSDB) quer ‘modernizar’ leis de São Paulo


O Estado de S.Paulo


O vereador eleito Andrea Matarazzo (PSDB) disse à TV Estadão nesta segunda-feira, 15, ter planos para “modernizar as leis de São Paulo” e acreditar que sua experiência em cargos executivos da Prefeitura o ajudarão a fazer um bom mandato na Câmara dos Vereadores a partir de 2013.

O tucano, que será um dos 55 vereadores que integrarão o legislativo municipal pelos próximos quatro anos, citou a legislação fundiária da cidade como uma de suas prioridades no projeto de modernização legislativa. Para ele, essas leis impedem o desenvolvimento de algumas áreas de São Paulo, principalmente aquelas localizadas nos extremos da cidade. Outro exemplo dado pelo ex-secretário de Cultura do Estado foi a regulação das calçadas.

A Cracolândia também foi assunto para o vereador eleito, que defendeu a polêmica ação de ocupação da polícia na região. Ele disse que a operação foi injustamente criticada. ”A função da polícia é tirar o traficante e coibir o tráfico de drogas na cidade. A questão dos viciados é uma questão de saúde”, disse o tucano.

Ainda sobre a região central, Matarazzo disse que o projeto fundamental para a revitalização do centro é urbanístico. Segundo ele, a proposta original era a desapropriação ou a compra de 12 quarteirões para reformar a área, usando como âncora para atrair negócios a rua Santa Ifigênia. “Onde se patina sempre, mas avançou-se também, é nessa questão dos dependentes químicos. O governo deve tratar os dependentes como se fossem seus próprios filhos”, completou.

Trânsito. As perguntas enviadas pelos internautas questionavam o vereador eleito sobre suas propostas para melhorar a mobilidade urbana da cidade. Para ele, é possível tomar medidas que não passam pelo legislativo. ”Você pode melhorar outras coisas antes de cercear o uso do automóvel”, disse ele, opondo-se ao pedágio urbano e citando a implementação de semáforos inteligentes, mais zonas de estacionamentos e corredores de ônibus como “alterativas que sem dúvida nenhuma simplificariam o trânsito da cidade”.

Matarazzo, que se disse motociclista, também defendeu a modernização das leis relativas às motos e disse que tais medidas devem se estender às bicicletas. ”Acho que é necessária uma legislação bem feita, porque não fazer é uma omissão”, disse. ”Você precisa regulamentar e dar segurança. A Câmara tem medo de legislar. Falar qualquer coisa que significa regular a bicicleta soa como oposição. Defendo uma legislação que defenda o motociclista e para a bicicleta é preciso a mesma coisa. Por exemplo, por que para a bicicleta não é obrigatório o capacete?”, questionou.

O tucano, por fim, afirmou que sua experiência no governo vai ajudá-lo nos próximos quatro anos. ”Acredito que fui eleito em função do trabalho que fiz na cidade. Sempre trabalhei muito onde é necessário. A periferia precisa de grandes investimentos. O centro precisa é de manutenção”, disse, declarado ainda que é difícil resolver os problemas da cidade em apenas um mandato, mas avaliando também que ”em quatro anos, dá para dar passos muito importantes”.

Primeiro mandato. Matarazzo, que está entre os s “novatos” da Câmara, foi o segundo candidato mais votado – recebeu 117.617 votos. Antes de entrar na disputa eleitoral, o tucano era secretário de Cultura do Estado e foi um um dos pré-candidatos do partido à Prefeitura de São Paulo, mas retirou seu nome para apoiar o atual candidato José Serra (PSDB). Ele também foi secretário de Coordenação de Subprefeituras (2007-2009), subprefeito da Sé (2005-2007) e secretário municipal de Serviços (2005-2006). No governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, chefiou a Secretaria de Comunicação (1999-2001).

Comentários