Serra diz que 'não há disposição de agressões recíprocas' com Russomanno


Tucano diz que encontro com Marcos Pereira foi uma ´reunião de cortesia' e que há clima cordial entre ele e o candidato do PRB

Bruno Boghossian - O Estado de S. Paulo

José Patricio/AE
Candidato tucano faz campanha em Parelheiros, na zona sul da capital paulista

O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, José Serra, disse que "não há disposição de agressões recíprocas" entre ele e o candidato Celso Russomanno (PRB), que está tecnicamente empatado com o tucano em primeiro lugar na última pesquisa de intenção de voto. Serra confirmou ter se encontrado na última sexta-feira com o coordenador da campanha de Russomanno, Marcos Pereira. A reunião foi revelada na edição desta terça-feira do Estado.

O candidato do PSDB, no entanto, negou que tenha firmado um pacto de não agressão e disse que o encontro foi uma "reunião de cortesia". Serra admitiu, no entanto, que há um clima cordial entre ele e Russomanno.

"Não se falou (sobre um pacto de não agressão). Naturalmente, está implícito: se você conversa com alguém, não há disposição de agressões recíprocas", disse o tucano.

Serra afirmou que defenderia um entendimento entre todos os candidatos "a respeito de fazer uma campanha sem agressões pessoais, que permita discutir a cidade".

O tucano esteve com o coordenador da campanha de Russomanno em uma reunião na casa do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Serra disse ter sido apenas convidado para o encontro e não perguntou quem foi o responsável pelo evento.

O candidato afirmou que debateu com Pereira e Kassab os prognósticos sobre a eleição, mas negou que tenham discutido um pacto para o segundo turno, conforme havia relatado Russomanno mais cedo. "Seria até deselegante. Isso não aconteceu, efetivamente", disse Serra.

Apesar de seus aliados admitirem em conversas reservadas que preferem enfrentar Russomanno no segundo turno - e não o candidato do PT, Fernando Haddad -, Serra desconversou. "Eu não vou dizer com quem eu me sentiria mais ou menos confortável (no segundo turno). Eu vou me sentir confortável se ganhar a eleição", afirmou

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