Daniela Lima - Folha.com
Pré-candidata de seu partido à Prefeitura de Porto Alegre, Manuela D'Áliva é a principal aposta do PC do B nessas eleições e o apoio do PT a ela na capital gaúcha é um dos pré-requisitos apresentados pelos comunistas para deslanchar um aliança com os petistas em São Paulo.
Como o PT ainda mantém candidatura própria em Porto Alegre, Serra tem tentado se aproximar da deputada e do PC do B, para evitar que o partido apoie Fernando Haddad.
Foi o tucano quem sugeriu que a organização do evento convidasse Manuela para o debate. A gaúcha e Serra dividiram o palco do Insper, uma instituição de ensino e pesquisa, por uma hora.
Serra sabe que uma aliança do PC do B com o PSDB em São Paulo é improvável, mas a estratégia do tucano passa por estimular as desavenças entre comunistas e petistas.
Ao fim do encontro, o tucano e Manuela D'ÁVila se reuniram em uma sala reservada, com o presidente do Insper, Claudio Haddad.
Questionada sobre as costuras com o PT, a deputada não escondeu a insatisfação de seu partido. "São Paulo é a candidatura prioritária do PT e Porto Alegre é a candidatura prioritária do PC do B. Há um esforço nosso de construir um mapa de alianças nacional e é evidente que o símbolo do PT não apoiar o PC do B em Porto Alegre é um símbolo forte, que pesa pro partido", disse.
D'Ávila, no entanto, ressaltou que o PC do B prefere alianças com "partidos que se situam no campo da presidente Dilma Rousseff".
"Não existe apenas uma candidatura nesse campo. Nossa opinião é a mesma em todas as capitais", afirmou.
Ela citou, como exemplo, um possível apoio do PC do B à candidatura de Gabriel Chalita, do PMDB, em São Paulo. "Chalita é um candidato da base, mas isso não significa que esse será o nosso caminho. Apenas que não existe um caminho único [o de apoio ao PT]", concluiu.
Questionado sobre a aproximação com o PC do B, Serra disse que mantém "relações cordiais" com o partido.
"Tenho relações cordiais com o PC do B e vários dos seus dirigentes. Mas acho que não dá para ficar especulando sobre alianças, muito menos publicamente", afirmou.
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